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O papa no Brasil

Consumo afasta jovens da vida monástica

Jesuítas e franciscanos enfrentam diminuição no número de interessados em ingressar em ordens religiosas

Sacerdotes apontam 'cultura individualista' entre as causas para as poucas adesões; perfil de candidatos mudou

PEDRO SOARES DO RIO

As ordens religiosas enfrentam uma diminuição na procura por jovens interessados na vida monástica. Para jesuítas e franciscanos, a urbanização, a dificuldade de viver em comunidade e os anseios pelo consumo são as causas desse afastamento.

A maior província (região administrativa de uma ordem) de franciscanos do país, que engloba Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, tinha em 2011 apenas seis noviços (futuros frades em seu primeiro ano no convento) para mais de 300 padres e irmãos (não sacerdotes).

Em 2013, o total de noviços subiu para 16, mas com sete jovens vindos de Angola.

"O perfil mais urbano do país, as famílias com menos filhos e uma cultura do individualismo atingiram o número de vocações", diz frei Gustavo Medella, coordenador de comunicação da Província Franciscana da Imaculada Conceição.

O padre Geraldo Lacerdine, da Companhia de Jesus, afirma que há uma "crise de valores" e uma orientação da sociedade para o consumo que afasta os jovens das ordens. "Existe uma dificuldade em assumirem compromissos de mais longo prazo."

Para ele, o fato de as ordens exigirem mais votos (como o de pobreza dos franciscanos) e terem regras mais rígidas também explica a maior procura dos jovens pela vida sacerdotal diocesana -ligada diretamente a um bispo e com formação em seminários vinculados às dioceses.

Ambos os sacerdotes dizem que o perfil dos interessados em ingressar nas ordens mudou: os candidatos são mais velhos, muitos com formação superior.


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