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Polícia identifica aliado de Marina em manifestação no Itamaraty

Dirigente da Rede admite presença em ato que acabou em quebra-quebra

Sociólogo diz estar arrependido por ato 'pessoal'; em nota, partido da ex-senadora repudia violência

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

Flagrado em fotografias segurando uma barra de ferro e tapando o rosto com uma camiseta da Rede Sustentabilidade, um dirigente do partido que a ex-senadora Marina Silva está organizando admitiu ter participado da confusão que terminou em quebra-quebra no Itamaraty após protesto de 20 de junho em Brasília.

O sociólogo Pedro Piccolo, 27, já prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal. Na próxima semana, ele deve ser ouvido pela Polícia Federal, instituição responsável pelo inquérito que apura dano ao patrimônio da União.

O caso de Piccolo vai ser debatido na próxima reunião da Executiva Nacional Provisória da Rede, marcada para segunda em Brasília.

"Estou à disposição e tranquilo para o que for decidido. Foi uma coisa pessoal minha, fiquei muito excitado, mas não depredei nada", disse Piccolo à Folha.

Apesar de admitir que estava na porta do Ministério das Relações Exteriores com uma barra de ferro nas mãos e a camiseta do partido, Piccolo nega ter participado da quebradeira e protestado em nome da Rede. Ele diz estar arrependido por ter, nas próprias palavras, se excedido.

"Vi uma barra de ferro no chão e a agarrei, inicialmente com a intenção de me defender, caso as coisas piorassem por ali. Depois, com as emoções à flor da pele, a pressionei algumas vezes contra diferentes pontos de uma estrutura também de ferro do próprio prédio e em seguida a joguei. Não quebrei nada", escreveu Piccolo em sua página na rede social Facebook.

O sociólogo afirmou que tinha colocado a camiseta no rosto para se proteger dos efeitos das bombas de gás.

À Folha ele disse que outros integrante da Rede participaram da manifestação, mas somente ele usava a camiseta com a logomarca porque, antes do protesto, estava trabalhando no recolhimento de assinaturas para a formação do partido.

REPÚDIO

Em nota, a Rede informou que repudia todas as formas de violência e que a participação de integrantes ou simpatizantes "não guarda relação com discussões ou posicionamentos da Executiva ou da Comissão Nacional Provisória".

Além de Piccolo, outras duas pessoas foram identificadas e devem ser intimadas a prestar depoimento à PF.

Dois manifestantes que confessaram à Polícia Civil ter participado da quebradeira não foram localizados pela PF, mas já estão indiciados indiretamente. Flagrados em fotografias e vídeos, Samuel Ferreira Souza de Jesus, 19, e Cláudio Roberto Borges de Souza, 32, devem responder a processo por dano ao patrimônio público federal.

Outros dois manifestantes prestaram depoimento, mas os agentes federais afirmaram não haver provas contra eles.


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