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Relatório contra Lupi foi elaborado em apenas 7 dias

BRENO COSTA
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

A recomendação para exonerar o ministro Carlos Lupi (Trabalho) foi decidida pela Comissão de Ética da Presidência da República após apenas sete dias de análise.

A decisão, que já era inédita em seu grau de punição a um ministro de Estado, também não tem precedentes em relação à sua velocidade.

Dois dos casos mais importantes analisados recentemente pela comissão -as suspeitas contra os ex-ministros da Casa Civil Antonio Palocci e Erenice Guerra- só foram decididos após cinco e seis meses, respectivamente.

O relatório da conselheira Marília Muricy Pinto foi assinado em 30 de novembro e referendado por unanimidade pela comissão no mesmo dia, uma semana após Lupi enviar suas justificativas.

Muricy disse que a missão da Comissão de Ética é "prestar contas à sociedade o mais rápido possível" e que não há necessidade de "cisão de etapas" em um processo ético.

As argumentações apresentadas por Lupi foram confrontadas apenas com reportagens de jornais e revistas.

Nenhum tipo de documentação complementar a órgãos de controle, como o Tribunal de Contas e a Controladoria-Geral da União, foi pedida.

O relatório considerou um fator para a necessidade da demissão do ministro as declarações irônicas dadas por ele ao longo da crise. O ministro porém não foi formalmente questionado pela comissão sobre esse comportamento.

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