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Índios entram em confronto com PMs em Porto Alegre

Manifestantes pediam mais agilidade no processo de retirada de agricultores das terras indígenas no Estado

DE PORTO ALEGRE

Policiais militares e índios entraram em confronto em frente à sede do governo do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, na tarde de ontem.

Homens da Tropa de Choque lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra um acampamento montado por centenas de índios na praça em frente à sede do governo. Segundo os manifestantes, uma pessoa se feriu e precisou de atendimento médico.

Os índios, das etnias guarani e caingangue, pedem rapidez na retirada de agricultores de terras do interior gaúcho. O governo de Tarso Genro (PT) se comprometeu a ajudar no pagamento de indenizações aos produtores rurais como forma de facilitar a saída e regularizar as terras indígenas.

Os indígenas afirmam que já discutiram o assunto em junho com o governo e que o processo não avançou.

"Ele [Tarso] está muito no papo, e isso não está resolvendo. Enquanto isso, os índios são ameaçados por fazendeiros", diz Luís Salvador, líder de uma comunidade na cidade de Vicente Dutra (RS).

BARRACAS

Dezenas de barracas foram montadas na praça, onde também ficam a Assembleia Legislativa e o palácio da Justiça gaúcha. Pela manhã, sindicalistas que promovem um dia de mobilização pelo país estiveram na praça e também protestaram.

O tumulto começou por volta das 15h30, quando os manifestantes se aproximaram de uma barreira montada pelos policiais militares na frente do prédio.

A explosão das bombas revoltou os manifestantes e atraiu para o local não índios indignados com a ação. Eles reclamaram que as bombas foram jogadas contra crianças e idosos acampados.

Os indígenas afirmam que só vão sair da praça quando o governo do Estado se comprometer em documento a atender suas demandas.

Dezenas de integrantes da Tropa de Choque permaneciam cercando o palácio até a conclusão desta edição.


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