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Na TV, Dilma ataca opositores e afirma que o 'pior já passou'

Presidente fala em retomada na economia e defende vitrine de campanha

Em pronunciamento do Sete de Setembro, petista volta a exaltar importação de médicos como resposta às ruas

DE BRASÍLIA

Em discurso feito ontem à noite em rede nacional de rádio e TV, a presidente Dilma Rousseff voltou a mirar a oposição ao dizer que "falharam" os que apostavam na piora da economia e concluiu que "há sinais de que o pior já passou".

No pronunciamento de dez minutos comemorativo ao Sete de Setembro, a petista usou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 1,5% no segundo trimestre do ano em relação ao período anterior, para defender os eixos de sua política econômica.

"Falharam mais uma vez os que apostavam em aumento do desemprego, inflação alta e crescimento negativo", afirmou.

Apesar da expectativa do mercado de que a trajetória de expansão não siga ascendente até o final do ano, Dilma usou a expressão "retomada gradual" para resumir o quadro macroeconômico.

"Nosso tripé de sustentação continua sendo a garantia do emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento."

Ontem foi divulgado que a inflação voltou a acelerar em agosto, com alta de 0,24% em relação ao 0,03% de julho (IPCA).

A presidente atribuiu ainda as "oscilações" do dólar, "que afetam todos os países emergentes, sem exceção", à política monetária norte-americana.

"A situação ainda exige cuidados, porém há sinais de que o pior já passou."

Depois de atingir R$ 2,43 em 22 de agosto, o dólar fechou ontem em R$ 2,29.

SAÚDE

A petista fez uma defesa enfática do Mais Médicos, sinalizando que o programa deve ser uma de suas principais bandeiras na campanha à reeleição em 2014.

Ela disse também que o programa "não é uma decisão contra os médicos nacionais", mas uma "decisão a favor da saúde".

O projeto, cujo objetivo é suprir a deficiência de atendimento nos rincões do país e que já resultou na chegada de 4.000 médicos cubanos, é uma das respostas do governo às manifestações que tomaram conta das ruas do país em junho e que prometem se repetir hoje em todo o país.

Em um recado claro às entidades médicas que questionam seu programa, ela pediu compreensão.

"A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde", afirmou a presidente.

É também no Mais Médicos que residem todas as expectativas dos petistas para impulsionar a campanha ao governo de São Paulo do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).

Ele é a principal aposta de Dilma e do ex-presidente Lula para a eleição aos governos estaduais.

VOZ DAS RUAS

Sobre os protestos de rua, a presidente disse que procurou dar respostas às demandas populares e admitiu falhas na gestão pública.

"O governo deve ter a humildade e autocrítica para admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer, e a população tem todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças."

A petista voltou a reconhecer a deficiência dos serviços públicos, mas afirmou que o "Brasil avançou como nunca nos últimos anos".

"Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante."

Ao longo de sua fala, a presidente também fez um balanço sobre os cinco pactos lançados por ela no fim de junho, também em cadeia de rádio e TV, no calor das manifestações de rua.

Dilma classificou como "um bom passo" a proposta de decreto legislativo entregue na semana passada com vistas a convocar um plebiscito para a reforma política --ainda que sem a maior parte de suas propostas originais e com chances quase nulas de terem efeito para 2014.

Ainda ontem à noite, o senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência, anunciou que representará à Justiça Eleitoral denunciando propaganda eleitoral antecipada por parte da possível rival no pleito do ano que vem.


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