Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Aliança entre PT e PMDB ainda não é certa, diz Tarso

Governador gaúcho defende coalização mais 'programática' para 2014

Petista quer priorizar partidos de esquerda e sugere a Eduardo Campos que espere 2018 para concorrer

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, considera que "está no campo das probabilidades" e ainda "é cedo" para afirmar que será reeditada em 2014 a aliança entre o seu partido, o PT, e o PMDB na disputa presidencial.

Para ele, é necessário repactuar de maneira mais "programática" a coalizão que elegeu a presidente Dilma e o vice peemedebista Michel Temer em 2010.

Em entrevista à Folha e ao UOL, Genro diz reconhecer que foi "altamente positivo" o acerto entre os dois partidos nos últimos anos, pois foi uma aliança de estabilização.

"Agora, temos de partir para uma outra etapa (...) Esse novo programa exige alianças mais definidas, mais programáticas. Uma bancada mais unificada no Congresso Nacional".

Apesar de reconhecer que sua posição é minoritária dentro do partido, Genro expressa sua opinião de maneira clara, o que pode produzir ruído entre PT e PMDB.

"Nós precisamos ter alianças mais programáticas. Se vai ser o presidente Temer vice ou não, eu não sei (...). O meu partido deve colocar pontos claros da próxima aliança em obrigações programáticas para os partidos cumprirem".

Integrante da tendência interna Mensagem ao Partido, Genro apoia o deputado federal Paulo Teixeira (SP) para presidente do PT na eleição interna marcada para 10 de novembro. Ele é adversário do atual presidente nacional do partido, Rui Falcão, candidato à reeleição.

Para conduzir a formação da aliança presidencial de 2014, o governador gaúcho sugere um roteiro: "Sou a favor de que antes de se compor uma relação com o PMDB, componha-se uma aliança entre a esquerda, entre os partidos de esquerda. PT, PC do B, PSB".

Para Genro, a melhor opção para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é manter-se aliado a Dilma em 2014. "Se ele [Campos] tiver intenção de ser presidente da República, com pensamento estratégico para isso, ele seria candidato conosco em 2018", disse.

Assim como já havia proposto em 2005, à época em que eclodiu o escândalo do mensalão, Genro defende uma refundação do partido. Sua ideia é tentar reconectar o PT à sociedade, da qual se distanciou após mais de uma década no poder federal.

Ao comentar o desfecho do mensalão, Genro disse considerar que o Supremo Tribunal Federal fez um julgamento político. Para ele, "foram condenados sem provas" os petistas José Dirceu e José Genoino. "Houve uma campanha maciça, midiática, e a condenação dessas pessoas foi uma tentativa de condenar o ex-presidente Lula", afirmou.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página