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Subsecretário do governo da BA usa arma para impedir invasão

DE SÃO PAULO

Um funcionário do primeiro escalão da gestão Jaques Wagner (PT-BA) usou arma de fogo para dispersar militantes sem-terra que protestavam ontem em um prédio do governo, em Salvador.

Delegado de carreira, o subsecretário de Segurança Pública, Ari de Oliveira, fez o disparo durante tentativa de invasão do prédio da secretaria por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), por volta das 8h.

Ninguém ficou ferido --o tiro atingiu uma vidraça.

Pereira é subsecretário da pasta desde o início do governo Wagner, em 2007.

Os sem-terra cobravam agilidade nas investigações sobre o assassinato, em abril deste ano, de um dirigente do MST no sudoeste baiano.

A pasta confirma o disparo, mas diz que o tiro ocorreu após cerca de 600 sem-terra invadirem o prédio "armados com foices, facões, machados, enxadas e paus".

O MST afirma que os integrantes estavam em um saguão de acesso ao público.

"Ele atirou na direção dos sem-terra", disse Márcio Matos, da coordenação nacional do MST, presente no ato.

"Eles já ocupavam o térreo e pretendiam subir as escadas para acessar outros pavimentos quando foram impedidos por um disparo de advertência. A ação fez os manifestantes recuarem e garantiu a integridade das instalações e dos servidores", disse a pasta, em nota.

De acordo com a secretaria, a invasão ocorreu sem que os sem-terra tivessem tentado agendar previamente uma audiência com o secretário para tratar do caso.

O disparo, segundo a pasta, foi a medida "mais rápida e mais adequada" ao momento, pois era horário da troca de guarda e não havia muitos seguranças no local.

À tarde, representantes do MST se reuniram com o secretário, Maurício Barbosa, e receberam a promessa de agilidade na investigação sobre a morte do dirigente do grupo.

Desde segunda-feira, cerca de mil sem-terra ocupam a sede do Incra em Salvador para reivindicar a reforma agrária no Estado.


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