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Líderes separatistas são alvo de ações no STF

DE SÃO PAULO

Os principais líderes políticos do Carajás e do Tapajós acumulam processos na Justiça. Defensores da divisão do Pará, esses deputados federais teriam aumentadas suas chances de se eleger senadores ou governadores se os Estados forem criados.

Ex-prefeito de Santarém, maior cidade do Tapajós, o deputado Lira Maia (DEM) é réu em quatro ações penais no Supremo Tribunal Federal por supostos crimes de responsabilidade e crimes envolvendo a Lei das Licitações quando foi prefeito.

Maia ainda é investigado em sete inquéritos no STF sob suspeita, por exemplo, de compra de votos e crime contra a administração pública.

Na região do Carajás, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB) lidera a defesa da criação do novo Estado.

Em setembro deste ano, ele foi condenado pelo STF a mais de três anos de prisão por realizar cirurgias de laqueadura em mulheres de Marabá, principal cidade do Carajás, em troca de votos nas eleições municipais de 2004.

De acordo com a sentença, a pena deverá ser cumprida em regime aberto.

Outro com processo é o deputado José Priante (PMDB), réu no STF por desobediência à Justiça em um caso de suposto crime eleitoral. Diferentemente dos demais, ele se diz neutro na campanha da divisão, embora tenha parte significativa de seus votos provenientes do Tapajós.

Primo do ex-deputado Jader Barbalho (PMDB), um dos maiores caciques do Pará, Priante ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo do Pará em 2006. Poderia ter vida mais fácil no Tapajós.

O ex-governador Jader Barbalho (PMDB), um dos políticos mais influentes do Pará, se nega a falar publicamente sobre o tema. Segundo aliados, ele é contra a divisão, mas prefere ficar em silêncio por ter votação expressiva nas áreas "separatistas".

Hoje Jader -que é réu em cinco ações penais no STF- luta para assumir cadeira de senador após o Supremo decidir que a Lei da Ficha Limpa não valeu em 2010.

OUTRO LADO

Lira Maia negou as acusações e disse que todos os processos a que responde têm cunho político. José Priante minimizou a ação a que responde. Ele diz que a Justiça ordenou que apagasse a propaganda num muro, mas não recebeu a notificação. Asdrúbal Bentes não foi localizado.

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