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Candidatos atacam política econômica e acenam a empresas

Em discursos separados para empresários, Marina, Aécio e Campos dizem que Dilma foi incapaz de oferecer segurança

Tucano promete simplificar tributos, reduzir ministérios e criar secretaria para combater a burocracia

DE SÃO PAULO

Os três principais candidatos que devem enfrentar a presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014 criticaram ontem a política econômica do governo e fizeram acenos ao setor privado, num esforço para conquistar a confiança do empresariado na sua capacidade de conduzir o país.

Reunidos para um fórum organizado pela revista "Exame", a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disseram que Dilma foi incapaz de criar um ambiente de segurança para os investimentos privados.

Falando separadamente no evento, os três adotaram o mesmo tom e disseram que o PT errou ao estimular o crescimento econômico promovendo o consumo e ampliando os gastos do governo, sem criar condições necessárias para atrair investimentos.

"Só vamos retomar o rumo quando o setor público compreender que o setor privado não é um inimigo", afirmou Aécio. "Os investidores precisam saber para onde estamos indo", disse Campos.

Marina afirmou que o governo precisa estimular a economia com medidas "de forma horizontal, e não no caso a caso, que criam uma relação de desconfiança" entre o governo e o empresariado.

Sem conseguir fazer a economia voltar a crescer com o vigor dos últimos anos do governo de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma tem encontrado dificuldades para atrair investidores para seu programa de concessões de estradas, ferrovias e aeroportos.

Em seu discurso para os empresários, Aécio falou em um "eventual governo do PSDB" e defendeu quatro medidas em termos genéricos: simplificação do sistema tributário, investimento em educação, abertura da economia e incentivo à inovação.

O senador tucano disse que reduziria à metade o número de ministérios, que hoje são 39, criando em seu lugar uma Secretaria de Desburocratização, que funcionaria por um ano com a meta de enviar ao Congresso um projeto de reforma do sistema tributário.

"Num eventual governo do PSDB, e falo em tese, obviamente, trocaria metade dos ministérios --deixaria com 21, 22-- por uma Secretaria de Desburocratização, que simplifique o setor de negócios e estimule os que querem empreender mais", disse Aécio.

Marina, que falou por teleconferência depois de Aécio, criticou o que chamou de "amontoado de propostas" e disse que a prioridade do próximo governo deveria ser definir uma "agenda" de ações "independente do político que estiver de plantão". Marina tenta viabilizar um novo partido, a Rede Sustentabilidade, para concorrer nas eleições.

Campos adotou tom mais ameno ao falar do governo Lula, seu padrinho político, mas foi enfático ao criticar a política econômica de Dilma. Campos disse aos empresários que seu partido entregou em setembro os cargos que tinha no governo para "discutir o Brasil com liberdade".

"É fundamental que a gente coloque as ideias em disputa, que a gente possa permitir ao Brasil ser discutido fora do maniqueísmo", disse Campos, que pretende se apresentar em 2014 como opção para eleitores cansados da polarização entre petistas e tucanos, que marcou as três últimas eleições presidenciais.


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