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PPS oferece filiação 'independente' a Marina

Freire cita 'candidatura avulsa' de vereador e diz que ex-senadora teria 'liberdade' na sigla

PAULO GAMA DE SÃO PAULO

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), acena com uma filiação "com liberdade" em relação às diretrizes do partido para que Marina Silva embarque na sigla e se candidate à Presidência em 2014.

A ex-senadora tentava formar a Rede Sustentabilidade a tempo de disputar a eleição, mas o partido teve o pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral anteontem. Caso ela decida concorrer no ano que vem, precisa se filiar até hoje a uma outra sigla.

Ontem, Freire reiterou o convite feito a Marina para que ela ingresse na sigla.

À Folha disse que ela poderia ter uma filiação como a do vereador paulistano Ricardo Young, que concorreu à Câmara com uma "candidatura avulsa", o que lhe dá o direito, por exemplo, de não seguir as orientações da sigla em votações e o liberou de se posicionar junto com o partido durante a campanha.

Young tem também um acordo para que deixe o partido assim que a Rede conseguir seu registro na Justiça.

"Ele é um testemunho junto à Rede de que o PPS é um partido sério, que lhe dá liberdade para exercer o mandato", afirmou. A aposta de Freire é que o vereador, "que representa a Rede no PPS e o PPS na Rede", ajude a convencer marineiros da ideia.

A proposta foi defendida ontem por Young. "Agora é o momento de colocar em prática uma tese que já está sendo testada aqui no meu mandato de vereador: a candidatura avulsa", escreveu.

A ideia também circulou entre os integrantes do Diretório Nacional do PPS em lista de mensagens eletrônicas e teve boa aceitação.

CÓDIGO FLORESTAL

Parte dos marineiros rechaça a ideia de que ela se filie ao PPS. Uma das principais críticas é a posição tomada pela sigla na votação do Código Florestal, em 2011, quando seus deputados se posicionaram com a bancada ruralista. Com a bandeira da independência, acreditam que pontos de atrito como esse podem ser amenizados.

Outro aspecto apontado por integrantes do PPS é que a própria Rede defende as candidaturas avulsas em seu estatuto e acham que seria contraditório se marineiros fizessem oposição à ideia.

Freire disse que, pela entrevista concedida por Marina ontem, acha que ela "caminha para a decisão de que vai participar da eleição".

Ele disse também que a Executiva da sigla ficará "de plantão" para formalizar o registro da ex-senadora e de seus aliados, caso a decisão seja a favor da mudança.

Recentemente, o PPS discutiu fusão com o PMN, para formar a Mobilização Democrática. Como mudanças na direção foram negociadas na época, integrantes da sigla acham que não haveria problema em reproduzir a discussão com marineiros.


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