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Planalto quer sustar faxina no ministério

DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto sinalizou ontem que tentará resistir ao que classifica de "pressão da imprensa" para derrubar ministros suspeitos de irregularidades.

A ordem entre os assessores era minimizar as acusações contra o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio). A avaliação é que a presidente Dilma precisa barrar a queda sequencial no primeiro escalão. Em outras palavras: interromper a "faxina".

O caso Pimentel é considerado "especial" por conta da proximidade pessoal com Dilma. Eles são amigos desde os anos 60.

Desde o escândalo que derrubou Orlando Silva do Ministério do Esporte, Dilma já dava sinais de que estava disposta a inverter a lógica das demissões dos ministros acusados, mas a operação fracassou quando o Supremo Tribunal Federal decidiu investigá-lo.

Depois, foi a vez de Carlos Lupi. Bombardeado, o ministro do Trabalho quase resistiu até a reforma, mas caiu porque, segundo assessores, "não ajudou nem um pouco, criou confusão atrás de confusão".

Assessores de Dilma fizeram a ressalva de que por ora não há motivos para a saída de Pimentel.

Até agora, dizem, o ministro tem respondido aos questionamentos. Mas pessoas ligadas a Pimentel afirmam que, se a artilharia contra ele se tornar insuportável, ele pode pedir para sair "em nome de sua biografia". A Folha apurou que o ministro já disse que "tudo tem limite". (VALDO CRUZ E NATUZA NERY)

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