Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Aécio admite antecipar candidatura ao Planalto, mas quer apoio de Serra

Senador nega tensão na relação com ex-governador, que viaja como se estivesse em campanha

Para aliados de Serra, tentativa de antecipar candidatura tucana é 'incompreensível'; deputados pressionam

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Em meio a uma pressão interna para antecipar o anúncio de sua candidatura à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu ontem a hipótese após uma série de encontros com aliados, mas ressaltou que essa decisão será tomada em conjunto com o ex-governador José Serra.

Apesar de ser hoje o candidato praticamente consensual no PSDB, Aécio enfrenta a concorrência de Serra, que tem viajado o país para recolocar seu nome como opção do partido para 2014.

"Deixem o Serra trabalhar em paz. São absolutamente legítimas as viagens que ele faz, é positivo para todos nós que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo, não há nenhuma tensão", disse Aécio, que se reuniu com o ex-governador na noite de anteontem.

"A conversa foi muito franca e positiva. Vamos estar juntos. Ponto final", completou.

No final de setembro, Aécio fechou acordo com Serra para evitar que o ex-governador deixasse o PSDB e se lançasse à Presidência por outra legenda. Ficou acertado que o anúncio do candidato tucano só ocorreria em março.

O problema para o PSDB é que pouco tempo depois a ex-senadora Marina Silva anunciou apoio ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB-PE), criando uma terceira via que ameaça a posição de Aécio.

"Não tem uma data pré-fixada [para o lançamento da candidatura ao Planalto]. Pode ser em março? Pode. Se nós todos acharmos que deve ser antes, será antes, mas a partir de um grande entendimento", disse o mineiro.

O momento certo do lançamento da candidatura é atualmente o tema mais controverso no PSDB. Após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse que a melhor data é o início de 2014.

A bancada de deputados federais do partido, no entanto, pressiona por um anúncio ainda neste mês.

"Imaginamos que ele [Serra] ia percorrer o país para fortalecer o relacionamento de ambos, mas jamais que ele fosse permanecer no PSDB imaginando que fosse o candidato à Presidência", afirmou Carlos Sampaio (SP), líder da bancada.

À noite, porém, ele afirmou ter ouvido relatos de que o mineiro e o paulista mantiveram o cronograma de março. Teria pesado nessa decisão a entrevista do ex-governador à Folha em que ele diz que se Aécio for o candidato ele trabalhará pelo mineiro.

Um dos principais aliados de Serra, o deputado Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA) reagiu à articulação da bancada tucana e atacou um dos operadores de Aécio. "É incompreensível a postura do deputado Marcus Pestana (MG), conhecido em Minas Gerais como exibicionista e desagregador. Quer se cacifar para conquistar a inalcançável candidatura ao governo."

Pestana afirmou que até mesmo uma "convenção extraordinária" do partido estaria nos planos para oficializar Aécio como candidato.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página