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Aécio diz que não mexeria no salário mínimo

Possível candidato do PSDB afirma que 'não há clima' para acabar com reajuste automático num eventual governo tucano

Conselheiro econômico do senador mineiro diz que será preciso aumentar impostos para manter regra atual

DA ENVIADA A PORTO ALEGRE DE PORTO ALEGRE

Possível candidato à Presidência pelo PSDB, o senador mineiro Aécio Neves negou ontem, em Porto Alegre, que tenha intenção de mexer na fórmula de reajuste anual do salário mínimo e na atual política de desonerações em um eventual governo tucano.

Antes de uma palestra a empresários, o senador afirmou que "as desonerações que estão feitas, estão feitas, e [que] não há clima para mexer no salário mínimo".

Com a declaração, o senador tentou descolar sua posição das opiniões de economistas ligados ao PSDB e que têm conversado com o tucano para formular um futuro plano de governo.

Em reportagem publicada ontem pelo jornal "Valor Econômico", os conselheiros de Aécio criticaram a política de desonerações para setores específicos, que consideram "discriminatória".

Um deles, Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas, defendeu uma maior abertura da economia e disse que, se a atual regra de reajuste do salário mínimo for mantida, o governo será obrigado a criar novos impostos para compensar o custo.

Pessôa afirmou que ainda não havia falado sobre o tema com o tucano.

Hoje, o aumento anual do salário mínimo é automático e está atrelado à inflação e ao crescimento da economia.

Questionado sobre o que dizem seus conselheiros, Aécio afirmou ontem que ouve muitas pessoas, mas que não tem "porta-vozes": "A opinião dessas pessoas não é necessariamente a minha".

Durante a fala para os empresários, o senador defendeu a "reestatização" da Petrobras para tirar a empresa das "garras" do PT e transformá-la novamente em "instrumento do Estado brasileiro".

O senador mineiro propôs ainda a troca de "20 dos atuais ministérios que existem hoje" por uma "Secretaria Extraordinária de Desburocratização Tributária". Segundo ele, o governo deve ser "ousado e corajoso na implementação de reformas".

Aécio reafirmou seu compromisso de apresentar uma agenda no início de dezembro com as principais propostas do partido para um futuro governo. Na avaliação dele, o PT não avançou na agenda "porque prefere o poder à agenda transformadora".

Após o evento, Aécio foi até a casa do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que é crítico ao governo da presidente Dilma Rousseff, apesar de integrar o partido do vice-presidente Michel Temer.

Para Simon, "Aécio é um grande companheiro, digno, correto e sério", mas ainda é cedo para fechar alianças.


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