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Migrantes são reforço para separatistas

Do ENVIADO A SANTARÉM (PA)

Uma comitiva de 12 membros da família Tapajós pegou, no início da semana, um voo de Manaus, onde moram, até Santarém (PA), sua cidade natal.

A missão deles é votar a favor da divisão do Pará no plebiscito de amanhã, o que criaria o Estado com o mesmo nome da família.

Santarém, maior cidade do Tapajós e candidata a capital, recebeu nos últimos dias vários membros da comunidade paraense no Amazonas, estimada em 200 mil pessoas, numa tentativa de reforçar a campanha separatista.

A representante comercial Eliete Tapajós, 55, viajou na comitiva familiar, com irmãos e sobrinhos. Ela diz que a família é uma das pioneiras da região.

De volta ao local de origem, os Tapajós que saíram de Manaus dormem em redes e colchonetes, em casas de parentes.

Eliete diz tirar de letra o aperto. "Sofrer mesmo a gente sofre com Belém. Tudo tem que ver se Belém autoriza. Queremos decidir sozinhos", afirma.

O engenheiro Luiz Alberto Macedo, 53, bancou passagens e hotel para votar a favor do Tapajós. Trouxe mulher e filho. Diz que a família tem "dever cívico" de engrossar a votação pró-separação. Macedo diz ter deixado Santarém há 30 anos por falta de emprego, mas que quer voltar, se houver a divisão.

Trabalhador da Zona Franca de Manaus, o santareno Edson Pereira também promete voltar, se o Tapajós for criado. Na última terça, ele planejava uma viagem de barco de dois dias para votar pela separação.

(RODRIGO VIZEU)

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