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Análise

Situação de tucano espelha a de Dilma e aproxima táticas

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

A situação análoga do cenário da sucessão paulista ao quadro nacional explica por que a estratégia de Geraldo Alckmin para tentar a reeleição replica, em muitos aspectos, a traçada para a campanha de Dilma Rousseff.

Assim como a presidente petista, o governador tucano vive um momento de boa avaliação e relativa liderança nas intenções de votos, mas não a ponto de prever um caminho fácil até outubro de 2014.

Os dois tiveram a popularidade abalada pelos protestos de junho e nenhum deles recuperou todo o capital que perdeu, mas terminam o ano podendo respirar e comandar a busca por apoios dos partidos, prioridade na atual fase.

Na cocção da sopa de letrinhas partidária, Dilma ignorou eventuais respingos em Gilberto Kassab da investigação da Prefeitura de São Paulo sobre a máfia dos auditores e fechou o apoio do PSD.

Da mesma forma, Alckmin dá de ombros para o desconforto do provável presidenciável tucano, Aécio Neves, com seu namoro com o PSB de Eduardo Campos.

Ambos seguem a lógica de fazer o maior tempo possível de propaganda partidária.

Em São Paulo, como no Brasil, a oposição ainda não garantiu a realização de um segundo turno na disputa.

Chama a atenção a resiliência de Paulo Skaf (PMDB) em segundo lugar, posição que estrategistas tucanos e petistas atribuem ao uso que o presidente da Fiesp fez da ampla rede de comunicação da entidade e do sistema S.

Alexandre Padilha segue a trajetória dos "postes" petistas e ainda patina em 4%, mas a história de Dilma e de Fernando Haddad mostra que o candidato escolhido por Lula tem potencial para crescer.

Pesa contra ele a péssima avaliação do prefeito da capital. Um bom desempenho na capital é considerado fundamental pelo PT não só para que Padilha se contraponha à força de Alckmin no interior (ampliada na atual pesquisa) quanto para fazer com que Dilma vença em São Paulo.

Na primeira eleição sem um presidenciável paulista e dada a esperada prevalência de Aécio no segundo colégio eleitoral do país, que é Minas Gerais, a vitória em São Paulo virou a grande corrida do ouro da sucessão de 2014.

Alckmin sabe disso e pretende ficar o mais afastado possível dessa disputa, que promete ser encarniçada.

Às voltas com problemas em casa, como o esperado impacto das investigações de cartel em governos tucanos e o desgaste de 20 anos do PSDB no poder, o governador quer cuidar da sua vida. Se puder ter palanque duplo, ou até triplo, não hesitará.


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