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Preferência por Dilma aumenta à esquerda

Presidente tem 54% das intenções de voto entre eleitores de esquerda e 37% entre os associados a ideias de direita

Petistas querem mais benefícios do governo; tucanos têm tendência maior de associar a pobreza à preguiça

DE SÃO PAULO

Parece uma escadinha. Quando mais simpático às teses de esquerda é o eleitor, maior a chance de ele declarar voto na presidente Dilma Rousseff nas simulações eleitorais feitas pelo Datafolha.

Se a principal disputa de 2014 fosse feita apenas entre os brasileiros que se associam às ideias de direita, Dilma teria 37% dos votos, conforme o cenário mais provável da eleição --contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Entre os eleitores de centro-direita, a petista sobe seis pontos. No centro, pula mais algumas casas e atinge 47%. Avança outros três pontos se a eleição fosse só entre os brasileiros de centro-esquerda. E atinge seu recorde, 54% das intenções de voto, se a Presidência da República fosse decidida exclusivamente pelos eleitores esquerdistas.

Nenhum dos outros três nomes mais cotados para a disputa apresenta uma variação tão elástica como esta, de 17 pontos entre o pior e o melhor desempenho na escala de tendências ideológicas.

Com os outros, as alterações também não são tão compassadas entre os diferentes grupos de afinidade ideológica, como se fosse mesmo uma escadinha no gráfico.

Pelos mesmos critérios, quem tem as características mais parecidas com as de Dilma é a ex-senadora Marina Silva (PSB), que varia 11 pontos entre o seu pior desempenho (18% entre os direitistas) e o seu recorde (29% no grupo dos de centro-esquerda).

Marina, que não conseguiu montar seu próprio partido a tempo de disputar a eleição de 2014 e então filiou-se ao PSB, é considerada hoje uma candidata menos provável que Campos, o presidente nacional da legenda.

O perfil ideológico dos eleitores marineiros foi extraído do cenário em que a ex-senadora disputa contra Dilma e Aécio Neves.

Na sentido oposto ao de Dilma, o senador tucano é o único dos quatro principais postulantes que apresenta desempenhos melhores entre os eleitores de direita e centro-direita.

As intenções de voto em Aécio vão piorando conforme o eleitorado vai ficando mais simpático às teses de esquerda.

FORMULAÇÕES

O Datafolha também cruzou as intenções de voto de cada candidato com os resultados do questionário de 16 perguntas que serviu de base para a classificação dos eleitores na escala que vai da direita à esquerda.

Assim, é possível saber com quais frases os eleitores de cada candidato mais se identificam.

Os eleitores de Dilma, por exemplo, são os mais simpáticos à ideia de que quanto mais benefício a pessoa tiver do governo, melhor. 52% deles preferem isso à ideia de que quanto menos dependente do governo, melhor.

O maior contraste, nesse aspecto, é com os eleitores de Aécio. Só 40% deles preferem a formulação dos benefícios em detrimento da independência do Estado.

Uma das características que distinguem os eleitores de Aécio da média é a ideia de que a pobreza está mais ligada à preguiça do que à falta de oportunidades.

Entre os simpatizantes de Campos, 65% dizem que o governo deve atuar na economia para evitar abusos de empresas, taxa acima da média.

O Datafolha ouviu 4.557 pessoas nos dias 28 e 29 de novembro. A margem de erro é 2 pontos percentuais para mais ou para menos


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