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Pesquisa anima PT e reforça discurso por candidatura tucana

Rejeição a Kassab e desempenho de Afif no Datafolha reduzem chance de PSDB abrir mão da cabeça de chapa

Petistas comemoram força recorde de Lula, embora ele ainda não tenha transferido votos para Fernando Haddad

DE SÃO PAULO

A segunda pesquisa Datafolha sobre a eleição de 2012 em São Paulo animou o PT e enfraqueceu a ala do PSDB que defende que o partido abra mão de candidatura própria para apoiar o PSD do prefeito Gilberto Kassab.

Para os petistas, a influência recorde do ex-presidente Lula sobre 48% dos eleitores abre caminho para o crescimento do ministro da Educação, Fernando Haddad -embora ele só apareça com 3% a 4% das intenções de voto.

Entre os tucanos, a avaliação é que o baixo índice de aprovação de Kassab (20%) e o desempenho do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), com 3% na pesquisa, induzem o partido a não abdicar da cabeça de chapa.

O plano de Kassab, apoiado por uma ala tucana, é lançar Afif com o PSDB na vice.

Seu desempenho, no entanto, o coloca no mesmo patamar dos tucanos que brigam para se candidatar: Bruno Covas (6%), Andrea Matarazzo (2%), José Aníbal (3%) e Ricardo Trípoli (2%).

Líderes do PSDB avaliam ainda que a pesquisa afasta o ex-governador José Serra da disputa municipal. A rejeição a ele chega a 35% -quase o dobro de seu índice de intenção de votos, que é de 18%.

Serra tem negado intenção de concorrer, apesar da pressão de colegas de partido.

TRANSFERÊNCIA

A pesquisa foi comemorada no PT, apesar de mostrar que Lula ainda não transferiu popularidade a Haddad.

"Todos os números são animadores: a rejeição do Serra, a desaprovação do Kassab e a influência do Lula", afirmou o presidente municipal do PT, Antonio Donato.

Haddad se declarou otimista e rejeitou comparações com a campanha vitoriosa da presidente Dilma Rousseff, que tinha 26% no mesmo período da corrida presidencial.

"É uma situação muito diferente, porque ela era mais conhecida e aqui em São Paulo não somos governo. As coisas vão acontecer no seu devido tempo", disse.

Celso Russomanno (PRB), que lidera quatro dos cinco cenários pesquisados com até 20%, manifestou confiança. "Recebi a pesquisa com muita felicidade", afirmou.

O ex-deputado atribuiu a rejeição de Serra a sua decisão de renunciar à prefeitura no início de 2006 para disputar o governo do Estado.

"Ele assinou um documento prometendo governar os quatro anos e não cumpriu. O povo carrega isso", disse.

O deputado Gabriel Chalita (PMDB), que oscila entre 5% e 6%, disse que o desempenho o ajudará a defender a candidatura própria.

"Adorei o resultado. É um ótimo patamar inicial."

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