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Religiosos propõem boicote e ação contra Porta dos Fundos

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Uma compilação de esquetes com temática bíblica e natalina do grupo de humor Porta dos Fundos virou motivo de uma espécie de "guerra santa" na internet.

Cristãos se ofenderam com quadros que incluem uma discussão sobre a paternidade de Jesus e uma "carteirada" dada pelo "filho de Deus" para conseguir uma mesa na Santa Ceia. No YouTube, o vídeo foi visto 4,2 milhões de vezes desde 23 de dezembro.

A indignação chegou ao arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal d. Odilo Scherer, que criticou o grupo em sua conta no Twitter em 5 de janeiro. "Será que isso é humor? Ou é intolerância religiosa travestida de humor? Péssimo mau gosto!", escreveu.

Em vídeo difundido em sites cristãos e no Facebook, o missionário católico Anderson Reis convoca os insatisfeitos a assinarem uma petição para solicitar ao grupo Petrópolis, detentor da marca de cerveja Itaipava, que retire o patrocínio dado ao Porta dos Fundos. Além disso, sugere que entrem no site da Polícia Civil do Rio e registrem queixa contra crime de preconceito e ódio à religião.

"É hora de protegermos a honra do menino Jesus", diz o missionário no vídeo do YouTube. "Sabe quem não luta contra essas porcarias do inferno? São os medrosos, são os covardes." O vídeo postado no último dia 31 teve 127 mil visualizações até ontem.

Hermes Rodrigues Nery, diretor da Associação Nacional ProvidaFamília, diz que prepara uma ação jurídica contra o humorista Fábio Porchat, integrante do grupo.

Nominalmente citado no Twitter de d. Odilo e por Nery, o humorista Fábio Porchat diz que é a favor da liberdade de expressão.

"Quero poder dar minha opinião sobre qualquer assunto. Religioso inclusive. Não acho que houve desrespeito, e sim uma livre interpretação a respeito de uma história. Me parece o caso do hindu querendo processar uma churrascaria por servir carne de vaca", declarou.

Em nome do Porta dos Fundos, Antônio Tabet declarou: "Não há intenção de difamar nenhuma religião. A prova está em nossa equipe, na qual trabalham católicos, evangélicos, espíritas e até ateus."


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