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Policial tentou impedir denúncia contra Agnelo Gravação mostra major tentando convencer delator a desistir de acusar governador do DF FILIPE COUTINHOLÚCIO VAZ DE BRASÍLIA O policial militar João Dias Ferreira, preso semana passada pela corregedoria da corporação, foi pressionado por um major a desistir de acusar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), investigado por supostas irregularidades quando era ministro do Esporte. Ferreira é dono de duas ONGs acusadas de desviar dinheiro do Esporte. Suspeitas levantadas por ele levaram à queda de Orlando Silva da pasta. Na semana passada, o PM foi preso. A prisão ocorreu após o delator jogar R$ 159 mil na mesa de funcionários do governo do Distrito Federal e agredir duas pessoas. Ele diz ter recebido o dinheiro para desistir das acusações contra o governador petista. Durante o período em que esteve preso, Ferreira foi pressionado por um colega a não falar sobre a origem do dinheiro "devolvido", segundo ele um "cala-boca". A Folha teve acesso a um diálogo de 25 minutos entre o delator e integrantes da corregedoria da PM. "Dá um tempo, pensa o que você vai fazer, para decidir se é réu confesso e cometeu corrupção passiva. Isso aqui não vai para a imprensa, o sistema aqui é diferente. Você está trazendo um esquema de corrupção, que é principalmente sua", disse um policial para Dias. Na conversa, o mesmo policial dá a entender que o delator poderia ter tratamento diferenciado. "Nossa corporação, lamentavelmente, tem dois tratamentos. Não sei se você está entendendo, uma turma é tratada de uma forma e outra tratada de outra forma", afirmou. Segundo o corregedor da PM, coronel Jahir Lobo, a conversa é com o major Márcio Barbosa. Os advogados de Ferreira dizem que foi com o major Elisnei Dias. Na mesma manhã, segundo o corregedor, o major Barbosa afirmou que Ferreira desistiu de delatar o governador petista. O governo do Distrito Federal disse que não iria se pronunciar. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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