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Ao lado de Barbosa, deputado protesta contra condenações

André Vargas repete Genoino e Dirceu e cumprimenta colegas de punhos cerrados na abertura do Legislativo

Durante almoço com militantes acampados no Supremo, João Paulo Cunha afirma que não será preso 'calado'

DE BRASÍLIA

O gesto adotado pelos petistas presos no processo do mensalão, e que virou símbolo da campanha contra o resultado do julgamento, foi reproduzido ontem no plenário da Câmara na presença do relator do caso, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa.

Sentado ao lado do ministro na Mesa, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), ergueu o punho cerrado em alguns momentos da sessão de reabertura dos trabalhos legislativos.

Esse foi o gesto tanto do ex-presidente do PT José Genoino quanto do ex-ministro José Dirceu quando ambos se entregaram à Polícia Federal. A partir daí, passou a ser reproduzido por petistas nas redes sociais.

"Foi o símbolo de reação dos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve", afirmou Vargas.

Ao deixar o evento, Barbosa limitou-se a dizer que não prestou atenção ao gesto.

Durante a sessão, quando o ministro ausentou-se do plenário para ir ao banheiro, Vargas tirou uma foto da cadeira vazia e postou no Instagram. "Joaquim sumiu?", questionou o deputado, em tom provocativo.

ALMOÇO

O presidente do STF encerrou o dia sem resolver um problema que deixou pendente desde o dia 7 de janeiro, quando saiu de férias: a assinatura do mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

O documento é necessário para que o petista, também condenado no mensalão, seja preso. Na Europa, no final de janeiro, Barbosa criticou seus colegas por, durante sua ausência, não terem assinado o termo.

Por isso, havia a expectativa de que ontem, com o fim de sua viagem ao exterior e de volta ao comando do STF, ele encerrasse a questão, enviando João Paulo à prisão.

No Congresso, Barbosa não explicou porque deixou de assinar o documento. Pessoas próximas ao presidente dizem que o processo tende a ser concluído hoje.

Em seus últimos momentos antes de ser preso, João Paulo almoçou na tarde de ontem com um grupo de cerca de 30 militantes do PT e da CUT que estão acampados no estacionamento do STF.

Durante o almoço, o deputado rebateu críticas feitas por Barbosa, que em entrevistas na Europa disse que os condenados no mensalão deveriam ficar no "ostracismo".

"A única coisa que eu não vou fazer é ficar calado, mesmo que alguns queiram", disse o petista aos militantes.

Além da situação de João Paulo, Barbosa precisa definir o caso do delator do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Apesar de condenado, ele segue solto desde novembro, à espera de uma reposta sobre seu pedido de prisão domiciliar. (RANIER BRAGON, MÁRCIO FALCÃO, GABRIELA GUERREIRO, SEVERINO MOTA E BERNARDO MELLO FRANCO)


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