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Assembleia reembolsou R$ 20,4 mi a deputados

Gasto com parlamentares paulistas equivale a 90% de cota de senadores

Serviços gráficos consomem maior parte do reembolso; Casa poupou R$ 2,3 mi com fim de auxílio-moradia

GABRIELA TERENZI PAULO GAMA DE SÃO PAULO

A Assembleia Legislativa de São Paulo gastou, no ano passado, R$ 20,4 milhões para reembolsar seus 94 deputados por gastos relacionados ao exercício do mandato, como combustível, alugueis e trabalhos gráficos.

O valor equivale a cerca de 90% do valor gasto pelos 81 senadores de todo o país no ano passado --incluindo suas passagens aéreas para deslocamentos de Brasília aos respectivos Estados.

Cerca de 20% do total pago pela Assembleia foi usado em serviços gráficos. Na maioria dos casos, esses materiais servem para divulgação dos próprios deputados.

Rogério Nogueira (DEM) foi o parlamentar que mais gastou em gráficas em 2013, com uma média de R$ 8.000 mensais. Os gastos no ano chegaram a R$ 96 mil. Ele não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem.

Considerando o gasto total, o campeão foi Enio Tatto (PT). Com fatura de R$ 295 mil, o deputado concentra a verba na própria divulgação: R$ 144 mil foram gastos em gráficas e papelarias em 2013.

Segundo sua assessoria, as despesas servem à produção de mala direta e boletins com tiragem de 20 mil exemplares. Cartões de fim de ano --de dez modelos-- também entraram na cota.

Outro gasto significativo da Assembleia foi com o reembolso de aluguel de imóveis, que sediam escritórios parlamentares nas bases eleitorais dos deputados.

Campos Machado (PTB) apresentou a maior conta do ano em alugueis à Casa: R$ 101,4 mil. Segundo seu gabinete, o gasto é referente a escritório nos Jardins, em São Paulo, mantido há dez anos.

O gasto com combustíveis totalizou R$ 2,7 mi. No Legislativo paulista, cada deputado tem um carro oficial e, além dele, veículos de funcionários comissionados podem ser abastecidos com a verba. São 373 carros registrados pelos deputados atualmente.

O petebista Luciano Batista gastou R$ 83,4 mil no ano. Ele diz que além do próprio carro, outros 12 carros de assessores são abastecidos com a verba indenizatória.

"A pessoa assusta quando acha que um carro gastou 80 mil, mas não é um carro, eu tenho 12 cadastrados. O deputado da capital tem uma baita vantagem, porque não gasta gasolina. Para nós tem que ter equipe trabalhando", disse ele, que tem base eleitoral na baixada santista.

Pelas regras do Legislativo, cada deputado pode ser ressarcido em até R$ 25.175 mensais em 2013. Nenhum deles atingiu a cota máxima.

Cada classe de despesas, porém, não pode ultrapassar o limite de R$ 8.000. Em junho, a moradia passou a ser uma das classes. Até então, todos os deputados recebiam auxílio de R$ 2.250, ainda que morassem na capital.

Com o fim do pagamento indiscriminado, a despesa despencou de R$ 2,5 milhões para R$ 179 mil, já que só 17 dos 94 deputados requisitaram o benefício.


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