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Crises locais dominam pré-campanhas

Alguns Estados deixaram discussões sobre educação, saúde e segurança pública em segundo plano

Em São Paulo, denúncia de cartel de trens em gestões do PSDB deve ser explorada pelo pré-candidato petista

DIÓGENES CAMPANHA PATRÍCIA BRITTO DE SÃO PAULO

Nada de educação, saúde e segurança pública. As discussões que predominam nas pré-campanhas a governador em alguns Estados giram em torno de crises locais envolvendo povos indígenas, obras contra a seca e gestão fiscal.

Em segundo plano, nesses Estados, ficaram os debates sobre a qualidade e a ampliação de serviços públicos.

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, disputas entre índios e produtores rurais estarão em destaque nas eleições.

O clima historicamente tenso ficou ainda mais grave no ano passado, após a morte de um índio durante ação de reintegração de posse de uma fazenda no interior.

O Estado tem a segunda maior população indígena do país e lidera em número de disputas por terras que são reivindicadas para demarcação e estão atualmente nas mãos de fazendeiros.

"A não definição de uma solução para resolver esses conflitos é muito ruim", afirma o senador Delcídio Amaral (PT), que deverá disputar a eleição contra Nelsinho Trad, do PMDB.

No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, terá de se explicar sobre o desequilíbrio das contas públicas.

O Estado suspendeu pagamentos a fornecedores, paralisou obras e deixou de repassar recursos para o fundo previdenciário dos servidores.

O assunto já está nos discursos dos oposicionistas. "O governo quebrou. Até a empresa que fornece marmita aos presídios ameaçou parar as entregas", afirma o deputado estadual Ênio Verri (PT), coordenador da pré-campanha da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann.

Em São Paulo, embora adversários afirmem que não pretendem explorar o assunto, o escândalo da formação de cartel para fraudar licitações de trens e metrô durante as gestões tucanas será um dos argumentos do pré-candidato petista, Alexandre Padilha, contra o governador Geraldo Alckmin que tentará ocupar por mais quatro anos o Palácio dos Bandeirantes.

Alguns Estados do Nordeste têm a seca no centro dos debates. O impacto da estiagem na economia da Bahia é um dos fatores de desgaste do petista Jaques Wagner, que tentará eleger como sucessor seu secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT).

"Temos mais da metade do território no semiárido, e o governo não conseguiu fazer uma única barragem em oito anos", diz o ex-ministro Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB no Estado.

PARAÍBA

Na Paraíba, a oposição acusa o governador Ricardo Coutinho (PSB) de não ter investido o suficiente em construção de barragens e adutoras para ofertar água.

Já o socialista, candidato à reeleição, deve usar o atraso de mais de quatro anos nas obras federais de transposição do rio São Francisco para criticar a gestão da presidente Dilma Rousseff.

"Enquanto a transposição não chega, a gente tinha que se valer nos nossos próprios mananciais. O que foi cumprido foi bastante aquém da expectativa", rebate um dos pré-candidatos da oposição, Leonardo Gadelha (PSC).

No vizinho Pernambuco, administrado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB), a disputa com o governo federal é pela paternidade de obras, como os investimentos no porto de Suape.

A oposição, com PT e PTB à frente, atribui os avanços no Estado aos repasses vindos do Planalto. Já o governo Campos diz que as obras são resultado de sua competência administrativa.

INVENTÁRIO

Preparando-se para esse tipo de embate, o PT já encomendou ao Ministério do Planejamento um inventário de realizações do governo federal para municiar sua bancada nessa discussão.

A solicitação foi feita pelo líder do partido no Senado, Humberto Costa (PT-PE).


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