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Aécio defende prévias para definir chapa à Presidência

Serra afirma à Juventude do PSDB que também é favorável à consulta

Organizadores do evento procuraram evitar a todo custo a polarização entre os dois pré-candidatos

VERA MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA

O senador Aécio Neves voltou a defender ontem as prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência.

O outro pré-candidato tucano, José Serra, disse que é favorável a prévias desde que não haja desunião e classificou de "folclore" a informação disseminada de que é contra esse tipo de consulta.

"Defendo que o partido faça uma consulta a mais ampla possível, que envolva todos os filiados", disse Aécio na abertura do congresso da Juventude Nacional do PSDB, cujo primeiro dia de debates foi encerrado por Serra.

O mineiro classificou como "pauta da imprensa" a disputa entre ele e Serra: "Não existe o PSDB do Serra nem o PSDB do Aécio. Existe o PSDB do Serra, do Aécio, do Marconi Perilo, de todos nós".

Os dois presidenciáveis participaram de uma espécie de talk show no congresso, em Goiânia. Foi montada uma arena inspirada no programa "Altas Horas", da Rede Globo, e eles responderam a perguntas dos jovens ao longo de uma hora cada um.

Os organizadores do evento procuraram evitar a todo custo que a polarização entre os dois, que marcou os dias que antecederam o encontro, se manifestasse em gritos de guerra ou até vaias.

A preocupação chegou ao ponto de se pedir que os militantes não gritassem nomes de pré-candidatos. "A juventude já decidiu/ quer um tucano presidente do Brasil", dizia o slogan oficial.

Ainda assim, a delegação de Minas ensaiou um grito de guerra que dizia "Aécio guerreiro/ orgulho brasileiro". A seção paulista também teceu elogios a Serra, dizendo ter "orgulho" de sua trajetória.

Aécio procurou associar sua fala a temas ligados à juventude, ao defender mudanças no currículo do ensino médio e dizer que foi o primeiro a assinar, na Constituinte, a emenda que permitiu o voto aos 16 anos.

Ele fez um mea culpa ao dizer que o PSDB não sabe fazer oposição contundente e disse que o PT, "quando tem de escolher entre o Brasil e o PT, escolhe sempre o PT".

Questiondo por um paulista sobre o ministro Fernando Pimentel, seu aliado em Minas, criticou "prejulgamentos", mas disse que ele deve se explicar. "O que a gente nota é que quando o ministro é do PT a blindagem é maior."

Questionado sobre o livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., disse se tratar de "literatura ruim" e que o governo do PT avalizou as gestões de Fernando Henrique Cardoso e as privatizações ao não revertê-las e dar continuidade ao processo.

Serra contrapôs as realizações tucanas e do PT e dizer que o partido de Lula e Dilma copia os programas tucanos, mas não sabe executá-los.

"O governo Dilma ainda não começou. Não precisa fazer muito frufru e dizer que tem coisas boas e coisas ruins." Ele disse que Dilma se apropriou de propostas suas, como o programa de ensino técnico e o programa "Mãe Brasileira", sem dar o crédito, mas não sabe executá-los.

Serra defendeu que o PSDB invista em mobilização pelas redes sociais: "O PT é especialista em publicidade. Nisso são imbatíveis".

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