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Francisco dá título de cardeal a d. Orani na presença de Bento 16

Arcebispo do Rio e outros 18 religiosos foram nomeados; Dilma acompanhou evento da Igreja Católica em Roma

Desde a mudança no posto, foi a primeira vez que os dois papas se reuniram em cerimônia na Basílica de São Pedro

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Sob a presença de dois papas, Francisco e o emérito Bento 16, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, 63, recebeu ontem o título de cardeal, uma espécie de pelotão de elite da Igreja Católica.

A cerimônia durou pouco mais de uma hora e foi surpreendida pela chegada de Bento 16, que há um ano renunciou ao pontificado.

Ao chegar, o papa emérito foi aplaudido de pé. Francisco se dirigiu a ele por duas vezes para cumprimentá-lo na primeira fila, perto de onde ficou a presidente Dilma Rousseff e parte de sua comitiva.

Foi a primeira vez que dois papas participam juntos de uma celebração na Basílica de São Pedro nos últimos 600 anos, quando houve a última renúncia de um pontífice.

O encontro de Francisco e Bento 16 no Consistório, nome da cerimônia de ontem, chama a atenção porque o evento simbolizava passo político importante de Francisco à frente da Igreja. Além de dom Orani, outros 18 cardeais receberam o título de cardeal.

Aos poucos, o sucessor de Bento 16 dá sinais de quem terá prestígio em seu pontificado. Dom Orani, por exemplo, ganhou espaço ao comandar a Jornada Mundial da Juventude, no Rio, em julho.

Ao virar cardeal, o arcebispo do Rio recebeu das mãos do pontífice o título da Igreja de Santa Maria Mãe da Providência, em Roma, seguindo a tradição de que cada cardeal dirige simbolicamente uma igreja romana, além de o anel, o solidéu e o barrete, o chapéu vermelho dos cardeais.

Conhecidos como "príncipes da Igreja", os cardeais são os principais auxiliares do papa na condução da fé católica e formam o conclave, colégio que o elege.

"Me sinto com uma responsabilidade a mais", disse dom Orani após a celebração. "É sempre uma emoção, ainda mais porque o papa me deu esse título", afirmou.

O Brasil passa a ter dez cardeais. Cinco deles, com menos de 80 anos, podem votar num eventual conclave. No total, 122 têm direito a voto.

Ao fim da cerimônia, Dilma comentou rapidamente com a Folha o que achou. "Eu gostei muito e você? Foi uma solenidade muito bonita", disse. Vestida de preto, a presidente chegou com alguns ministros e o ministro do STF José Antonio Dias Toffoli.

A presidente fez uma brincadeira ao cumprimentar outro cardeal nomeado, o italiano dom Lorenzo Baldisseri, 73, núncio apostólico (representante diplomático do Vaticano) no Brasil de 2002 a 2012. "Então são dois novos cardeais brasileiros", disse.

Além de dom Orani, destacam-se entre os escolhidos o bispo Chibly Langlois, primeiro cardeal vindo do Haiti, e nomes como o do moderado Gualtiero Basseti, de Perugia (Itália), do filipino Orlando Quevedo, e de Philippe Nakellentuba Quédraogo (Burkina Faso).


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