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Petrobras disse ao Congresso nunca ter investigado compra de refinaria

Já a Presidência afirmou que uma apuração foi aberta logo após litígio com sócia belga, em 2008

Procurada, estatal disse que perguntas sobre contradição deveriam ser feitas ao Planalto, que não se manifestou

FERNANDA ODILLA DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

A Petrobras afirmou ao Congresso Nacional em setembro do ano passado que a compra da refinaria de Pasadena não "foi objeto de apreciação por órgão de controle interno" da companhia.

Anteontem, a Presidência da República informou que a estatal havia aberto "procedimento de apuração de prejuízos e responsabilidades" logo após o início de uma disputa judicial com a então parceira belga, em 2008.

A negativa da Petrobras foi enviada ao Ministério de Minas e Energia, que a repassou ao Congresso. Na ocasião, o escândalo da compra da refinaria nos Estados Unidos já havia se tornado público.

O ofício da petroleira é uma resposta a um requerimento de informação do Congresso solicitando todos os documentos referentes à operação de Pasadena, incluindo "pareceres técnicos e relatórios de auditoria interna de Petrobras" sobre a aquisição.

Na mesma resposta, a companhia enviou cópias aos congressistas de outros documentos referentes à aquisição da empresa americana, entre eles extratos das atas das reuniões do Conselho de Administração --à época presidido pela então ministra Dilma Rousseff-- em que o assunto foi debatido.

TCU

Informação semelhante foi dada pela estatal ao TCU (Tribunal de Contas da União), que também investiga a compra da refinaria americana desde o ano passado.

A Petrobras respondeu aos questionamentos do órgão fiscalizador sem citar se houve eventual auditoria interna.

O TCU pretende apreciar o processo que investiga a legalidade e os possíveis prejuízos com a compra da refinaria no mês que vem.

A CGU (Controladoria-Geral da União) informou que questionou ontem a Petrobras sobre providências tomadas contra Nestor Ceveró, que em 2006 respondia pela Diretoria Internacional da estatal e "teria omitido informações ao Conselho de Administração" da companhia.

Questionada sobre a contradição entre as declarações do Palácio do Planalto e o ofício enviado ao Congresso, a Petrobras informou apenas que a questão deveria ser encaminhada à Presidência da República.

Procurado na noite de ontem, o Palácio do Planalto não respondeu até a conclusão desta edição.


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