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Em balanço, Alckmin dá bronca em secretários

Governador pede mais agilidade para assessores ao avaliar 1º ano de gestão

Ao final do encontro, Alckmin deixou um dever de casa: enviar relatório de 3 páginas com metas para 2012

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin fez cobranças a todo o primeiro escalão de seu governo, em reunião na qual pediu aos secretários um balanço do primeiro ano de gestão.

O encontro aconteceu no último sábado, no Palácio dos Bandeirantes, e durou cerca de três horas. O recado ao secretariado foi duro.

Com base em uma pesquisa qualitativa, o núcleo de Comunicação do governo apresentou avaliação de que o governador carrega nas costas os principais programas -"para o bem e para o mal" de sua popularidade-, e que os secretários, apesar de executarem os projetos, não conseguem colocá-los na vitrine.

Para ilustrar essa dificuldade, o palácio apresentou comparação entre o número de artigos publicados pelos assessores de Alckmin e textos dos ministros da presidente Dilma Rousseff em jornais de grande circulação.

"Tem ministro que circula mais em São Paulo do que os secretários de Estado", concluiu um assessor do governador. Alckmin cobrou uma agenda mais intensa de atividades no interior do Estado e mais empenho na divulgação dos projetos de cada pasta.

O secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, cobrou agilidade no atendimento aos deputados estaduais.

No início deste mês, Beraldo recebeu uma comissão da Assembleia. No encontro, os deputados estaduais entregaram um documento no qual relataram o "descaso" do governo com a Casa e afirmaram que levam até 90 dias para serem recebidos.

'ECONOMIA LUSITANA'

Alckmin fez algumas intervenções ácidas. Disse que o plano de redução de gastos apresentado pela secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi, era confuso e parecia "economia lusitana".

Após três horas, o governador interrompeu a reunião. Tinha uma viagem ao interior agendada. Deixou, no entanto, um dever de casa.

Determinou que cada um dos secretários lhe enviasse, até o fim desta semana, um relatório de três páginas -"não mais do que isso", disse- com as metas atingidas em 2011 e os planos para 2012.

Alckmin também disse que cada pasta deverá eleger o que chamou de "guardião da economia", assessor que irá zelar pelo corte de gastos no custeio da máquina pública.

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