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Despedida de governador vira palanque para Aécio

Pré-candidato ao Planalto quebrou o protocolo e discursou na cerimônia

Em entrevista, tucano disse que Dilma não tem preparo para comandar o país, mas que é 'proba e de bem'

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, quebrou o protocolo, discursou e recebeu todos os holofotes na cerimônia de transmissão do cargo de governador de Minas do tucano Antonio Anastasia (PSDB) para Alberto Pinto Coelho (PP).

Até então, apenas o governador empossado e o que saía discursavam na transmissão do cargo. Ao justificar sua presença na solenidade, ainda em discurso, o senador disse que estava ali para falar do "orgulho" que sente por Anastasia, que agora deixa o cargo para coordenar o programa de governo do presidenciável tucano. Ele deverá também sair candidato ao Senado.

Antes da cerimônia, em entrevista, Aécio afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) não tem preparo para comandar o país. Ele ressaltou, no entanto, que ela é uma mulher "proba e de bem".

A declaração de Aécio se dá num momento em que a oposição está mobilizada no Congresso tentando aprovar CPIs para investigar ações da Petrobras que podem ter dado prejuízos à estatal _ ao menos uma delas teve a aprovação de Dilma, então presidente do Conselho de Administração da empresa.

"A presidente da República é uma mulher de bem, é proba, não há qualquer dúvida em relação ao seu caráter, não há nenhum questionamento em relação à sua correção pessoal", afirmou.

"O que há é um enorme questionamento pelos indicadores da economia, pelos atrasos da infraestrutura, pela projeção extremamente preocupante dos indicadores sociais e que ela não estava preparada para assumir a responsabilidade de administrar um país da complexidade do Brasil", completou o senador.

Na despedida, Anastasia elogiou seu padrinho político. Coelho, o novo governador, foi na mesma linha: "O país clama por uma administração pública decente e comprometida com resultados [...]. Acredito que veremos neste ano o reencontro de Aécio e Minas com a história".

Ao fundo de uma das sacadas do Palácio da Liberdade estava o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), que recentemente renunciou ao mandato de deputado federal e obteve do STF (Supremo Tribunal Federal) o direito de responder em Minas ao processo do mensalão tucano.

Foi a primeira aparição pública de Azeredo após a renúncia. Ele foi denunciado por suposto desvio de recursos públicos do governo de MG para a sua fracassada tentativa de reeleição em 1998. Ele nega as acusações.


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