Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O Estado da Federação - Alagoas

Tucano eleva dívida e gastos com servidores

Para cumprir promessas de campanha, Vilela Filho aposta em empréstimos internacionais

DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Com dívida alta e gastos com pessoal no limite de alerta, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), aposta em empréstimos internacionais para tocar, no final do mandato, obras prometidas durante a campanha.

Esperava-se que o tucano deixasse o cargo neste mês para se candidatar ao Senado, mas ele decidiu permanecer no posto até dezembro --em segundo mandato, não pode mais se reeleger.

Nesse período, pretende tirar do papel projetos como o do Hospital Metropolitano de Maceió, que encabeçava sua lista de compromissos em 2010. A construção, orçada em R$ 80 milhões, ainda está em fase de licitação.

"O Estado não tem poupança para investir. Essa obra só é possível com o financiamento do BID", disse o governador à Folha, em referência a um aporte de US$ 250 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

O governo compromete grande fatia de seus recursos com a folha do funcionalismo. Gastos com pessoal atingiram 47,7% da receita do Estado em 2013, dentro do chamado "limite de alerta" --o limite máximo é de 49%.

A gestão atribui o aumento a uma política adotada em 2011 para corrigir os salários do funcionalismo anualmente pelo IPCA, o índice oficial de inflação (5,91% em 2013) e a pressões das categorias por reajustes acima desse índice.

Segundo o secretário da Fazenda, Maurício Toledo, os reajustes do funcionalismo nos últimos dois anos haviam sido programados com base numa projeção de repasses da União via Fundo de Participação dos Estados. Com as desonerações de impostos federais, os valores ficaram abaixo do esperado.

Quando anunciou, em janeiro, a desistência da disputa pelo Senado, Vilela justificou a decisão se dizendo insatisfeito com os resultados da gestão em áreas como saúde, educação e segurança.

Alagoas é o Estado com mais mortes violentas no país. A taxa de homicídios dolosos em 2012, último dado disponível, foi de 64,5 mortes por 100 mil habitantes, apesar de ter caído 13,6% em relação ao ano anterior.

O Estado foi um dos primeiros a implantar programas federais como Brasil Mais Seguro e Crack, é possível vencer. Mas o governador diz que a participação dos recursos de Brasília é "pequena para o que precisamos.

Vilela diz que investirá R$ 160 milhões em segurança no biênio 2013/2014 e que receberá R$ 50 milhões da União.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página