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Oposição quer destruir Petrobras, diz Dilma

Presidente segue linha sugerida por Lula ao atacar iniciativa de adversários de propor CPI para investigar estatal

Petista promete apurar suspeitas de corrupção e afirma que 'ações individuais' não afetam imagem da empresa

DO ENVIADO ESPECIAL A IPOJUCA (PE) DO RIO

A presidente Dilma Rousseff procurou ontem desqualificar os esforços que a oposição tem feito para investigar suspeitas que envolvem os negócios da Petrobras, acusando seus adversários de tentar "destruir" a empresa.

Numa cerimônia de inauguração de dois navios petroleiros no porto de Suape (PE), Dilma fez uma defesa enfática da estatal e criticou a oposição, seguindo a linha proposta há uma semana pelo seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma prometeu investigar irregularidades na Petrobras e punir com rigor os responsáveis, mas disse que não ficará "calada" diante da "campanha negativa por proveito político" que, afirmou, é movida contra a estatal.

Na semana passada, Lula criticou a CPI proposta pela oposição para investigar a Petrobras no Congresso e sugeriu que os petistas fossem "para cima" dos seus adversários contra a iniciativa.

Os aliados do governo no Congresso conseguiram barrar a CPI da Petrobras, propondo a criação de outra CPI, mais abrangente, para tirar o foco da estatal e investigar temas que possam criar constrangimento para a oposição.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, falará hoje a uma comissão do Senado. Amanhã, o ex-diretor da área internacional da empresa Nestor Cerveró será ouvido numa comissão da Câmara.

Cerveró foi um dos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena (EUA) em 2006, negócio nebuloso que causou prejuízo à Petrobras.

Dilma aprovou a transação na época, quando presidia o conselho de administração da estatal, mas em março disse que só a autorizou por não ter sido informada de cláusulas contratuais desfavoráveis.

Os negócios da empresa também estão na mira da Polícia Federal, que investiga as relações entre fornecedores da estatal e um bilionário esquema de lavagem de dinheiro ao qual se associou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso.

Em seu discurso ontem, Dilma classificou as suspeitas como fatos isolados. "Não podemos permitir [...] que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa, a nossa empresa mãe", disse.

Dilma disse que os opositores "manipulam" e "distorcem" dados ao apontar a desvalorização da Petrobras e afirmou que a empresa vale mais hoje do que quando o PT chegou ao poder, mas omitiu o fato de que ela perdeu mais da metade do valor desde a sua posse como presidente.

No Rio, onde participou de encontro com empresários, o pré-candidato do PSDB às eleições presidenciais deste ano, senador Aécio Neves (MG), criticou Dilma e voltou a defender a CPI da Petrobras.

"Quem está sujando a imagem da Petrobras é o aparelhamento que o PT estabeleceu há vários anos", disse.


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