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Outro lado

Prefeituras defendem gastos com obras

Administrações de São Paulo e do Recife negam relação entre o aumento das dívidas e a realização da Copa

DE PORTO ALEGRE

Procuradas pela Folha, prefeituras que tiveram aumento elevado --acima de 20%-- nas dívidas com a União defenderam a necessidade das obras incluídas no pacote da Copa. As prefeituras do Recife e de São Paulo negaram relação dos débitos com o torneio.

As gestões também dizem, com exceção do caso de São Paulo, que o nível de endividamento atual ainda está muito abaixo dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O secretário de Finanças de Belo Horizonte, Marcelo Piancastelli, disse que a cidade tinha uma "demanda reprimida" de obras e ficou "mais de 30 anos sem investir em mobilidade urbana".

Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, as obras do pacote do Mundial já estavam previstas no Plano Diretor e foram escolhidas com o Ministério das Cidades.

"O endividamento é para um investimento em melhorias. Fica como um legado. Aproveitamos a oportunidade da Copa para fazer", disse o secretário municipal da Fazenda, Roberto Bertoncini.

Ele afirmou que o orçamento municipal limita investimentos em infraestrutura porque já há verbas com destinação predeterminada.

A Prefeitura de Curitiba disse que uma das causas da alta das dívidas no último ano foi o montante de contas a pagar a fornecedores deixado pela gestão anterior.

O município também ressaltou que o nível de endividamento ainda está muito abaixo do limite de 120% da receita corrente líquida.

A Prefeitura do Rio afirmou que as operações de crédito são feitas a "taxas e prazos favoráveis" e destinadas a viabilizar obras de "uso cotidiano dos cidadãos".

Citou que nenhuma verba municipal irá para estádios da Copa ou da Olimpíada de 2016. Disse ainda que agências internacionais de risco avaliaram as finanças do município positivamente e que a trajetória do endividamento é "moderada".

Procurada, a Prefeitura do Recife negou relação entre o endividamento recente e as obras para o Mundial.

Entre as 12 capitais, o município foi o segundo que mais aumentou suas dívidas com a União, com 154% nos últimos dois anos.

A prefeitura argumentou que o estádio da Copa fica fora da capital, em São Lourenço da Mata. Mas, na Matriz de Responsabilidade, constam sete projetos para a capital.

A Secretaria das Finanças da Prefeitura de São Paulo disse que o alto volume de endividamento não tem relação com a Copa, mas com empréstimos contraídos na década de 1990.

A Prefeitura de Fortaleza e o governo do Distrito Federal não responderam aos questionamentos encaminhados pela reportagem.


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