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Presidente do PT vai insistir para que Vargas renuncie ao mandato

Deputado resiste à pressão e afirma que tem o apoio de 30 colegas

MARIANA HAUBERT NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Um dos principais defensores da renúncia do deputado federal André Vargas (PT-PR), o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou ontem que insistirá para que o colega de partido deixe o mandato.

Vargas já disse à cúpula petista que não renunciará porque quer se defender no processo que corre contra ele no Conselho de Ética da Câmara. A cúpula petista, porém, preocupa-se com a intenção dele em se manter no cargo.

Desde a semana passada, Falcão defende a renúncia sob o argumento de preservar o PT e o próprio Vargas. Ontem Falcão foi à Câmara para falar com os deputados do partido em reunião fechada: "A bancada está preocupada com a evolução dos fatos".

Vargas começou a cair em desgraça com a cúpula da legenda após a revelação de sua relação com o doleiro Alberto Youssef, investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato sob suspeita de participar de esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Conforme a Folha revelou, Vargas chegou a viajar de férias com a família em um jatinho cedido pelo doleiro. Depois que o fato foi noticiado, ele renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara.

Vargas tem dito a interlocutores que tem o apoio de cerca de 30 deputados petistas. Falcão contesta: "Não vejo um movimento de solidariedade coletiva a ele. Não vi ninguém ir à tribuna e falar que ele ter viajado no avião do doleiro foi correto".

Apesar de não assumir publicamente que o caso Vargas pode atrapalhar campanhas petistas pelo país, em conversas com interlocutores, Falcão tem demonstrado preocupação com a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Um episódio como esse transcende as eleições. Nossa preocupação não é com o resultado eleitoral. É com a própria vida do André Vargas", afirmou.

Apesar de adotar um tom mais conciliador em público, Falcão teve uma conversa dura com Vargas na terça-feira: "Se você não renunciar, a gente vai sangrar", afirmaram o líder do PT, Vicentinho (SP), e Falcão.


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