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Costa diz que PF ameaçou manda-lo para presídio de segurança máxima

DE SÃO PAULO

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirma que um agente da Polícia Federal ameaçou transferi-lo da carceragem da PF em Curitiba para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.

Costa, que é réu em uma das ações da Operação Lava Jato, descreveu a ameaça em um bilhete para o advogado dele, que tirou uma foto e divulgou o manuscrito ontem.

Porém, no fim da tarde o juiz federal da 13ª Vara Criminal Sérgio Moro acabou determinando a transferência de Costa para um presídio estadual comum, no Paraná.

A decisão levou a defesa do ex-diretor da Petrobras a criticar Moro e pedir uma reconsideração do despacho, para que Costa seja mantido na carceragem da PF.

Segundo o bilhete de Costa divulgado no começo da tarde de ontem, um agente da PF disse ao réu que ele "estava criando muita confusão" pois o advogado dele pediu à Justiça autorização para que ele pudesse tomar banho de água e de sol, e pudesse caminhar no último feriado.

Costa ainda relatou no manuscrito que o agente afirmou a ele que o requerimento do advogado seria "um tiro no pé" e poderia levar à transferência para Catanduvas.

A Polícia Federal informou que a superintendência regional da corporação no Paraná abriu duas investigações, uma de natureza criminal e outra de cunho administrativo, para apurar as acusações do ex-diretor da Petrobras.

No fim da tarde, o juiz Moro decidiu que Costa deve ser transferido para um presídio estadual comum no Paraná, o que levou a defesa do réu a criticar o magistrado.

"Ao determinar essa transferência, o juiz torna real a ameaça da Polícia Federal, relatada no bilhete escrito por Paulo Roberto no último fim de semana", diz advogado de Costa, Fernando Fernandes.

O defensor afirma que Moro não tomou nenhuma providência para assegurar os direitos fundamentais de Costa e foi um juiz de plantão que autorizou o réu a tomar banho de água e sol no feriado.

Moro informou que não iria se manifestar.


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