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DEM propõe aliança com PMDB e PSDB para Prefeitura de SP

Sigla elege Aécio como interlocutor de aliança com tucanos e peemedebistas e faz contraponto a proposta do PSD

Senador afirma que prioridade é fortalecer candidato próprio, mas incentiva campanha de Gabriel Chalita

CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Em meio a um disputa no PSDB com o ex-governador José Serra, o senador Aécio Neves (MG) entrou nas negociações para sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Ele passou a incentivar, nos bastidores, a candidatura do deputado Gabriel Chalita (PMDB) à Prefeitura, sob o argumento de que ela evitaria um alinhamento dos peemedebistas ao pré-candidato do PT, ministro Fernando Haddad (Educação).

Também se reuniu com o DEM para avaliar aliança com PMDB e PSDB no primeiro turno, com Chalita na cabeça de chapa, para isolar o PT.

Chalita tem boas relações com o governador Geraldo Alckmin e já foi filiado ao PSDB. Hoje, no entanto, o deputado também exibe proximidade com a presidente Dilma e o governo do PT, de quem o PMDB é aliado na administração federal.

A ideia da coligação com tucanos e peemedebistas chegou a Aécio pelo presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), que falou em nome da cúpula do partido.

No encontro, disse a Aécio que, em um cenário sem Serra, o melhor para a oposição seria essa aliança.

Para selar o acordo, o DEM disse que abriria mão da indicação da vice na chapa de Chalita, em favor do PSDB e alegou que a aliança serviria ainda para consolidar um palanque para Aécio na cidade em 2014, quando ele pretende disputar a Presidência.

O DEM ofereceu ao PSDB uma coligação alternativa à proposta hoje por Gilberto Kassab e José Serra. Ambos pregam que o PSDB abra mão de candidatura em nome de uma aliança com o PSD, com o vice-governador Guilherme Afif na cabeça de chapa.

A oferta feita a Aécio atrapalha as conversas de Kassab e pressiona Serra a entrar na disputa -o DEM só reconhece o tucano como nome viável na sucessão da capital.

Segundo integrantes do DEM, Aécio mostrou-se sensível à proposta, mas não bateu martelo. Por ora, o senador só estimula a aproximação de aliados com o PMDB, e promete conversar com Alckmin sobre o assunto.

Procurado pela Folha, Aécio afirmou que, neste momento, todo seu esforço será pela ampliação do apoio a um candidato do PSDB, "que defenderá o legado tucano".

"Gosto muito de Chalita, mas precisamos de um candidato que faça um contraponto ao governo Dilma." No centro das discussões, Alckmin mostrou-se reticente. Disse que não poderá assumir a aliança sob pena de ser acusado de traição.

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