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A Copa como ela é

Ocupação de hotéis na Copa é de 31% em SP

Cidade tem o menor índice de venda de leitos a menos de um mês do Mundial; total das 12 cidades-sede é de 55%

Capital paulista é mais afetada por causa de cancelamento de eventos de negócios, dizem especialistas

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

A menos de um mês da Copa, a ocupação hoteleira está longe dos níveis de alta temporada. Levantamento do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) mostra que só 55% das 560 mil diárias para o Mundial estão vendidas. Em São Paulo, local da abertura, a taxa é de 31% --a menor das 12 cidades-sede.

A associação atribui a baixa ocupação ao número de sedes --o que dificulta a locomoção, eleva custos e inibe as viagens. Na África do Sul (2010) e na Alemanha (2006), eram oito sedes.

O FOHB espera que até a abertura, em 12 de junho, a ocupação suba para cerca de 60%. O fórum representa 26 redes hoteleiras no país, que possuem 48 mil quartos. A pesquisa foi feita até o dia 15.

A entidade atribui a lanterna de São Paulo à maior oferta de quartos entre as 12 sedes e ao fato de muitos eventos de negócios que ocorrem em junho e julho terem sido cancelados em razão da Copa.

NOVO PERFIL

"São Paulo provavelmente vai ter uma ocupação menor que um junho/julho tradicional. A expectativa era maior? Sem dúvida, mas não esqueça que nesta época do ano é a cidade que mais recebe congressos e eventos de negócios. São Paulo vai deixar de ter esse perfil de cliente, que será substituído pelo cliente da Copa", disse o presidente da FOHB, Roberto Rotter.

José Marino, presidente da consultoria especializada em hotelaria BSH, diz que houve uma premissa equivocada: a de que a demanda ligada à Copa seria suficiente para garantir a ocupação.

"Dois terços dos que assistirão a jogos são brasileiros; eventos foram antecipados, cancelados ou postergados e, para completar, o país tem imagem de caro e inseguro."

Cálculo da BSH mostra que a Grande SP perderá R$ 180 milhões só com aluguel de quartos. A perda será maior entre a rede de hotelaria independente e de baixo custo.

Rotter disse acreditar que, no dia da abertura, São Paulo deva registrar até 60% de ocupação, e, nos demais dias, 42%. Segundo ele, a cidade tem 21.250 quartos em sua rede hoteleira, quase metade dos 48 mil da FOHB no Brasil.

A cidade que tem a maior ocupação é o Rio --88%. A taxa em 13 de julho, na final, chega a 94%. Recife e Natal, ambas com 84%, completam o trio das mais procuradas.


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