Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

PF investiga desvio de recursos em refinaria

Documento enviado à Justiça menciona possibilidade de que dinheiro destinado à compra serviu para pagar propinas

Delegado solicita provas da Operação Lava Jato para subsidiar apuração sobre negócio da Petrobras nos EUA

ANDRÉIA SADI SEVERINO MOTTA DE BRASÍLIA

Documento da Polícia Federal que faz parte do inquérito que apura a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), afirma haver a suspeita da existência de uma "organização criminosa" na estatal que patrocinaria desvio de recursos públicos para o exterior.

A Folha apurou com investigadores que a polícia suspeita que o doleiro Alberto Youssef tenha atuado nessas remessas ao exterior. Pivô da Operação Lava Jato, ele foi preso acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

Encaminhado ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, em 22 de abril, o ofício ao qual a Folha teve acesso informa que o suposto esquema serviria de base para pagamento de propinas a "grupos criminosos" do setor de petróleo.

"A refinaria teria sido comprada por valores vultuosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a possibilidade de desvio de parte dos recursos para pagamento de propinas' e abastecimento financeiro de grupos criminosos", diz trecho do texto.

O delegado Cairo Duarte pediu a Moro que compartilhe provas da Lava Jato para subsidiar suas investigações.

Apura-se, ainda, a possível participação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em irregularidades na compra de Pasadena. Costa representou a Petrobras no comitê interno da refinaria.

Costa havia sido preso em março durante a Lava Jato. Na segunda-feira (19), foi solto após decisão do Supremo Tribunal Federal.

Para o líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Franceschini (PR), o documento explica o "temor'' em relação à CPI da Petrobras. "Meu primeiro requerimento será convocar Costa para explicar a compra desastrada de Pasadena e indicar os beneficiários deste bom negócio'".

Adquirida em 2006, Pasadena se tornou o centro de uma crise política após a presidente Dilma Rousseff afirmar que o negócio foi aprovado com base em um parecer técnica e juridicamente falho. Dilma presidia o conselho de administração da Petrobras na época da aquisição.

A Petrobras não se manifestou até a conclusão desta edição.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página