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Roberto Carlos decide não barrar novo livro de biógrafo

Advogado do cantor afirma que 'O Réu e o Rei', do jornalista Paulo Cesar de Araújo, não invade privacidade

DE SÃO PAULO

O cantor Roberto Carlos decidiu não entrar na Justiça contra a publicação do livro "O Réu e o Rei" (ed. Companhia das Letras), do jornalista Paulo Cesar de Araújo, lançado na semana passada, sem alarde.

"O Réu e o Rei" narra como o autor virou fã de Roberto Carlos e conta os bastidores da batalha judicial em torno da biografia "Roberto Carlos em Detalhes" (editora Planeta). Publicado em 2006, o livro foi contestado por Roberto na Justiça e retirado das livrarias em 2007 após acordo entre autor, editora e músico.

"Roberto Carlos não vai tomar qualquer medida jurídica, em face de: a) o livro não ser uma biografia sua, mas uma autobiografia do autor; b) ao contrário do livro anterior, não conter invasão de sua privacidade e/ou injúrias ou difamações a sua pessoa", diz a nota divulgada por Marco Antônio Campos, advogado de Roberto Carlos.

O texto ainda afirma que o livro de 2006 "não foi censurado ou apreendido, mas saiu do mercado em face de um acordo judicial, irrevogável e definitivo, assinado espontaneamente pelo autor do livro, o editor e a editora".

"Na mesma nota em que ele diz que não vai me processar por O Réu e o Rei', ele reafirma a censura a Roberto Carlos de Detalhes'. Ou seja, ele não mudou. Ele mantém a censura que já conseguiu e não tentará um novo ato censório diante de um contexto diferente", diz Araújo.

"O Réu e o Rei" ocupa a segunda posição na lista de livros de não ficção mais vendidos no país. O livro teve tiragem inicial de 30 mil cópias. Em uma semana, mais 15 mil exemplares foram colocados em circulação pela editora.

No processo que envolveu "Roberto Carlos em Detalhes", o cantor recorreu à atual lei que permite a proibição de biografias que não tenham sido autorizadas por biografados ou herdeiros.

As proibições foram alvo de discussões no ano passado, quando músicos como o próprio Roberto Carlos, Caetano Veloso e Chico Buarque declararam-se a favor da norma vigente. Autores e editores condenaram esse posicionamento dos artistas.

Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite a publicação de biografias sem autorização prévia do biografado ou de seus herdeiros. O texto está agora no Senado e, caso seja aprovado, vai à sanção presidencial.

A discussão também corre no Supremo Tribunal Federal, numa ação movida por editores que pedem a modificação da lei. Há duas semanas, Roberto se declarou, em documento enviado à Corte, contrário à ação dos editores.


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