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Empatado com Campos, Pastor Everaldo defende Estado mínimo

Presidenciável do PSC terá o nome confirmado em convenção do partido neste sábado (14), em SP

Partido deu apoio a Dilma em 2010, mas resolveu se distanciar do governo por não ter recebido um ministério

RANIER BRAGON NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Everaldo Dias Pereira, 58, ou Pastor Everaldo (como se tornou conhecido), nasceu em casa, no Rio, em meio a um culto evangélico, e teve a avó, também evangélica, como parteira. Foi camelô, servente de pedreiro, office boy, corretor de seguros e, hoje, mesmo não tendo nunca se candidatado nem a vereador, afirma que será o próximo presidente da República.

O pré-candidato do PSC (Partido Social Cristão) à Presidência terá o nome confirmado neste sábado (14), em convenção do partido em São Paulo. "Acredito em milagres", disse, sobre sua afirmação de que subirá a rampa do Planalto em janeiro.

O pastor conseguiu se descolar um pouco do bloco dos nanicos após o ex-governador Eduardo Campos (PSB) sofrer uma queda na mais recente pesquisa do Datafolha e, com 7% das intenções de voto, empatar tecnicamente com ele, que tem 4%.

Pastor da Assembleia de Deus --do Ministério Madureira, um dos ramos da igreja pentecostal--, casado com a cantora gospel Ester Batista e pai de três filhos, Everaldo diz que irá se diferenciar de todos os outros candidatos por defender valores da família e um Estado mínimo.

"Vamos cortar na carne, apenas o Estado necessário, passando para a iniciativa privada aquilo que o Estado não tem que meter a mão."

Apesar de defender o "corte na carne", com a redução à metade do número de ministérios, é lacônico quando solicitado a dizer o que enxugará. Na lista cita o Ministério das Relações Institucionais e a venda à iniciativa privada da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

PARTIDO

O PSC tem 12 deputados federais e um senador. Na propaganda eleitoral na TV, o partido terá cerca de 1 minuto e 20 segundos em cada bloco. Dilma Rousseff (PT) deve ter mais de 12 minutos.

O partido apoiou Dilma em 2010, mas resolveu se distanciar do governo no início, por não ter sido contemplado com um ministério.

O pastor diz que "o ministério, se acontecesse, era para pagar um acordo feito para a campanha que ganhamos", mas diz que houve outros motivos. Entre eles, a suposta quebra de promessa de Dilma aos evangélicos de não estimular mudanças em legislações como a do aborto.

Ao aderir a Dilma em 2010, o PSC também negociava com José Serra (PSDB). Soube-se depois que recebeu doação do PT de R$ 4,7 milhões. O pastor nega que o acerto tenha envolvido dinheiro.

Everaldo milita na política desde os anos 80, tendo sido um dos coordenadores da campanha à Presidência do também evangélico Anthony Garotinho, em 2002.


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