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Lula acusa a oposição de pregar 'ódio contra o PT'

Ato que oficializou Padilha candidato em SP foi usado para atacar PSDB

Para o ex-presidente, FHC foi quem estabeleceu a maior promiscuidade entre o Executivo e o Congresso

MÁRCIO FALCÃO DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

O PT repaginou neste domingo (15) a estratégia que ajudou a eleger Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2002, afirmando que há uma campanha de "ódio" contra o partido. A ação seria patrocinada pela oposição, pela "elite conservadora" e também pela imprensa.

A teoria de que o partido é vítima de uma campanha preconceituosa foi martelada principalmente pelo ex-presidente Lula e pelo presidente do PT, Rui Falcão, no ato que confirmou Alexandre Padilha como candidato da legenda ao governo paulista.

O evento foi usado como plataforma para ataques ao PSDB, que, no sábado (14), durante a convenção que oficializou a candidatura de Aécio Neves à Presidência, sustentou que o PT será varrido do poder por um "tsunami".

O embate dos últimos dias mostrou que os dois partidos investirão na polarização, escanteando o nome da chamada terceira via ao Planalto, Eduardo Campos (PSB-PE).

"Estamos fazendo uma campanha perigosa. Se em 2002 fizemos uma campanha da esperança contra o medo, agora é a da esperança contra o ódio", afirmou.

O ex-presidente ironizou a fala de Aécio sobre o "tsunami". Disse que o tucano deveria ter "colocado o tsunami dele para abastecer o Cantareira", reservatório de água de São Paulo que está operando em níveis críticos. "Seria muito melhor para eles."

"O único tsunami que tivemos foi a gestão em alguns governos do passado. Mas como o Brasil não tem tsunami eles não voltarão", rebateu o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), em Brasília.

Para Lula, ao citar que o PT seria varrido do poder, os tucanos reeditaram discurso feito pelo então dirigente do extinto PFL Jorge Bornhausen no auge do mensalão.

"Eles repetiram ontem na convenção do PSDB aquilo que Bornhausen tinha falado em 2005: Nós precisamos acabar com essa raça'. Nós não acabamos. Quem acabou foi o PFL", provocou.

Por várias vezes, Lula atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez: É preciso acabar com a corrupção'. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso quando ele começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição."

O petista disse que seu partido é atacado por ter governado melhor que a "elite" e insinuou que FHC não aprendeu a ter "sentimentos" na faculdade. Lula chegou a dizer que a "perseguição" ao PT é similar à que levou Getúlio Vargas ao suicídio, em 1954.

"Estão querendo fazer conosco o que já fizeram com Getúlio [Vargas], até levá-lo à morte", disse. "Querem fazer o que fizeram com Juscelino [Kubitschek], que agora é todo bonitão para eles. (...) Tentaram me tirar, em 2005. Mas eu disse: se quiserem me tirar, vão ter que debater na rua, para conhecerem o que é o povo brasileiro."

O ex-presidente aproveitou para criticar os xingamentos que a presidente Dilma Rousseff recebeu na estreia da Copa. Segundo ele, quem ofendeu a petista não sabe o que é "calo na mão", "porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos cara de trabalhadores". Dilma enviou um vídeo em que disse que o PT incomoda porque deu "oportunidade ao povo". "É por isso que vaiam e xingam."


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