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A Copa como ela é

Ato termina com bancos e lojas depredados

Mascarados invadem duas concessionárias de carros importados e quebram vidros de agências bancárias em São Paulo

Manifestação, que reuniu 1.300 pessoas, pedia fim da tarifa do transporte e bloqueou marginal Pinheiros

DE SÃO PAULO

Um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) terminou com ao menos cinco agências bancárias, duas lojas de carros de luxo e um veículo de imprensa depredados nesta quinta (19) na zona oeste de São Paulo.

O ato, iniciado na av. Paulista, reuniu 1.300 pessoas, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes reivindicavam tarifa zero no transporte público e lembravam o aniversário da revogação no aumento da passagem após os protestos de junho de 2013.

O MPL, que esperava reunir 5.000 pessoas, também pedia a readmissão dos 42 metroviários demitidos durante greve no início do mês.

Manifestantes levavam bonecos ironizando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT). Índios munidos de arcos e flechas também participaram do ato e cobraram a demarcação de terras.

Após a deixarem a Paulista, os manifestantes seguiram pela av. Rebouças. Um grupo com cerca de 50 mascarados, segundo a PM, depredou ao menos quatro agências bancárias, quebrou os vidros de um carro da TV Gazeta e deixou um rastro de pichações.

O quebra-quebra parou a pedido do MPL, e o ato prosseguiu até a marginal Pinheiros, que foi bloqueada no sentido Castello Branco. No local, o grupo queimou catracas de papelão e, às 19h10, anunciou que havia combinado com a PM a liberação da via.

Os ativistas saíram em direção ao largo da Batata, onde o ato seria encerrado, segundo o MPL. "Black blocs", porém, ficaram no local e retomaram o quebra-quebra.

Ainda na marginal, eles invadiram duas lojas de carros de luxo. Em uma, ao menos 12 importados avaliados em cerca de R$ 2 milhões foram atingidos com pedras e extintores. Na outra, um foi atacado.

Segundo Denis Cicuto, diretor do Grupo Caltabiano, dono das duas lojas, elas foram abertas nove dias antes. "Isso aqui não é terra de ninguém", disse, ao ver a destruição.

A Folha não viu policiais em todo o percurso da passeata. A PM disse que tinha acordado com o MPL que acompanharia o ato à distância (leia texto ao lado).

No caminho para Pinheiros, os mascarados ainda quebraram lixeiras, orelhões e vasos de plantas, e depredaram outra agência bancária.

No largo da Batata, dispararam rojões. A PM, que chegou depois, soltou bombas de gás no local, que estava praticamente vazio. Em fuga, os "black blocs" fizeram barricadas pelas ruas e dispersaram na Vila Madalena.

Lucas Monteiro, 29, do MPL, disse que o grupo não é responsável pelas depredações. "Não escolhemos quem participa dos nossos atos. Não foi o MPL que começou [a destruição] e não conseguimos sequer terminar o nosso ato, pois quando chegamos perto do largo da Batata fomos atingidos por bombas da polícia."


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