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Novo mínimo vai pôr mais R$ 47 bi em circulação

Segundo o Dieese, o reajuste do piso nacional representa um aumento real de 9,2%

DE SÃO PAULO

O novo valor do salário mínimo -de R$ 622, que passa a vigorar em 1º de janeiro- colocará mais de R$ 47 bilhões em circulação na economia, segundo nota divulgada ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Considerando o valor de R$ 545, vigente desde março deste ano, o salário mínimo apresentou variação nominal de 14,13%, o que representa aumento real (descontada a inflação) de 9,2% entre março de 2011 e janeiro de 2012.

Se, em vez de março, a base considerada for janeiro de 2011, o ganho será de 8,59%.

A entidade ainda estimou o impacto que o novo mínimo deverá causar na economia e prevê que o incremento na renda vai aumentar em R$ 22,9 bilhões a arrecadação tributária.

Pelas contas do Dieese, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo valor do salário mínimo.

Já para a Previdência, o impacto do aumento para R$ 622 (variação de R$ 77) significará custo adicional ao ano de cerca de R$ 19,8 bilhões.

REAJUSTE

O reajuste segue a sistemática convertida em lei neste ano: a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) acumulada desde o reajuste anterior, mais a taxa de crescimento da economia de dois anos antes.

O reajuste real do mínimo será o maior desde o ano eleitoral de 2006. A alta será de 7,5%, correspondentes ao crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado.

O valor do mínimo ainda pode subir se o INPC de dezembro, que só será conhecido em janeiro, superar as estimativas oficiais. Nessa hipótese, o piso salarial será corrigido em fevereiro, sem retroatividade.

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