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Dilma promete novo ciclo de progresso ao assumir candidatura

Presidente diz que manterá estabilidade econômica e programas sociais que marcaram governos petistas

Principal fiador da sucessora, Lula afirma em convenção do PT que vive em 'harmonia' com a sua 'criatura'

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff prometeu neste sábado (21) inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento no país se for reeleita, mantendo a estabilidade da economia e os programas sociais que marcaram os governos petistas.

Ao discursar na convenção em que o PT oficializou sua candidatura às eleições de outubro, Dilma disse que fará campanha "sem rancor", mas que não irá "baixar a cabeça nem dobrar os joelhos" diante dos seus adversários.

Com a popularidade em queda e a economia estagnada, Dilma usou a convenção para enaltecer as realizações dos governos do PT e apontar prioridades que adotaria num segundo mandato, num esforço para oferecer respostas ao desejo de mudança que os eleitores têm expressado.

Vaiada e xingada por torcedores durante a abertura da Copa do Mundo, há duas semanas, Dilma disse que "nunca fez política com ódio", aproveitando a trilha aberta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes petistas, que atribuíram as ofensas ao "ódio" das "elites" e dos adversários da presidente na corrida eleitoral.

Depois de fazer uma referência ao período em que foi presa e torturada pela ditadura militar, Dilma afirmou: "Quem se deixa prender no ódio faz o jogo do adversário".

A presidente e seu antecessor procuraram transmitir uma imagem de união, apesar das divergências que Lula tem expressado nos bastidores sobre a atuação de Dilma e o andamento da campanha.

Ela chamou Lula de "verdadeira lenda viva" em seu discurso. O ex-presidente afirmou que ele e Dilma provaram que "é plenamente possível criador e criatura viverem juntos em harmonia".

DESENVOLVIMENTO

A presidente se apresentou em seu discurso como uma "governante mais madura", disse que a população "sempre quer mais, merece mais e merece o melhor", e pediu mais quatro anos de governo para "completar uma obra à altura dos desafios do Brasil".

Ao prometer inaugurar um "novo ciclo de desenvolvimento", a presidente disse que manterá dois pilares, "a solidez econômica e a amplitude das políticas sociais."

Dilma anunciou um Plano de Transformação Nacional como base de seu programa de governo e indicou como prioridades a desburocratização, a ampliação do acesso à internet, investimentos em educação, uma reforma do sistema político e melhorias nos serviços públicos, em especial nas grandes cidades.

O anúncio pegou muitos petistas de surpresa. Ele aglutina programas de governo que já existem com ideias genéricas que ainda estão em discussão. Dirigentes da campanha se queixaram sábado por não terem sido ouvidos sobre detalhes do discurso.

Em sua fala, Dilma afirmou que ela e o ex-presidente Lula herdaram "um legado perverso de décadas perdidas", numa referência aos dois governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), fiador do principal rival de Dilma na corrida eleitoral, o senador Aécio Neves.

Ao comparar a política econômica dos governos do PT com a dos tucanos, Dilma disse que não foi eleita para "trair a confiança do povo e para arrochar o salário do trabalhador".


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