Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

A Copa como ela é

Número de protestos cai 38% durante o Mundial

Foram 106 atos, ante 172 nos 30 dias anteriores, segundo balanço da Folha

Repressão policial e concorrência com jogos são apontadas como principais razões para a desmobilização

CRISTINA CAMARGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma parte dos grupos que promoveram protestos antes da Copa se desmobilizou depois que a bola rolou.

O número de manifestações semanais passou de 43 para 26, em média, na comparação entre o mês que antecedeu o Mundial e os 30 dias de competição nas dez principais cidades das maiores regiões metropolitanas do país.

Foram 172 atos nos 30 dias anteriores ao início da Copa e 106 depois, queda de 38%, segundo balanço da Folha.

O aumento da repressão policial e a concorrência com os jogos são as principais razões para isso, dizem especialistas e manifestantes.

Além disso, no período que antecedeu a Copa várias categorias estavam em campanha salarial, e usaram o evento para expor as reivindicações.

As sedes usaram um grande efetivo policial para evitar que protestos chegassem às arenas. Em Fortaleza, que tem 1.800 policiais, 3.500 homens trabalharam todos os dias só para a segurança da Copa.

Para o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-RJ, o protocolo de segurança ficou mais rígido após a morte de um cinegrafista no Rio, em fevereiro, e as prisões de ativistas e o monitoramento de lideranças inibiram protestos.

Além disso, afirma, as manifestações precisam de espaço na imprensa para ganhar força. Com a Copa, diz, a atenção se voltou aos jogos.

Coordenador do comando de greve da UnB (Universidade de Brasília), Mauro Mendes confirma que a Copa atrapalhou. Os funcionários pararam por três meses e foram às ruas. Mas, com os jogos, diz, ficou mais difícil reuni-los.

A motivação dos protestos também mudou. Antes do Mundial, houve 18 atos anti-Copa. Durante o evento, 34. Se antes 97 manifestações tiveram motivação trabalhista, na Copa o número caiu para 15.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página