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Carona a ativista pode levar deputada a ação por quebra de decoro

Janira Rocha (PSOL) confirmou que ajudou advogada foragida a deixar consulado no Rio

DO RIO

A deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) poderá responder por quebra de decoro parlamentar e ser investigada sob a suspeita de ter facilitado a fuga da advogada Eloisa Samy, 45.

Samy está entre as 23 pessoas denunciadas à Justiça sob a acusação de planejar e participar de protestos violentos no Rio e de formação de quadrilha armada. Cinco deles estão presos; a advogada e outros 17 manifestantes são considerados foragidos.

Na segunda (21), Samy e os ativistas David Paixão, 18, de quem é representante legal, e Camila Nascimento, 19, pediram asilo político no Consulado Geral do Uruguai, na zona sul do Rio. Paixão e Nascimento não estão entre os manifestantes denunciados.

A concessão do asilo foi negada pelo governo uruguaio. Após a negativa, a deputada deu carona para os três e disse que os deixou em São Conrado, na zona sul. Quando o grupo saiu do consulado, não havia mais policiais no local.

O corregedor da Assembleia Legislativa, deputado Comte Bittencourt (PPS-RJ), pediu à parlamentar um esclarecimento sobre a assistência prestada à advogada.

Responsável pelo inquérito que levou à denúncia dos 23 manifestantes, o delegado Alessandro Thiers disse que a deputada facilitou a fuga.

Janira Rocha afirmou nesta terça (22) ter dado a carona, o que, segundo ela, não é crime. "Quem está fazendo isso é o Estado, prendendo pessoas com base em uma denúncia genérica e por crimes que nem foram cometidos."

"Como parlamentar, cabe a mim garantir direitos e eu estou do lado dos ativistas. Não conhecia nenhum deles, mas fiz e faria de novo", disse a deputada, em ato público contra as prisões na sede da OAB, no centro da cidade.

Os três foram levados em carro oficial da Assembleia. "O carro da Alerj não pertence ao Paulo Mello [presidente da Alerj, do PMDB] ou ao governo do Estado, pertence ao povo", disse Janira.

Estão presos os ativistas Elisa de Quadros Sanzi, conhecida como Sininho, Camila Jourdan e Igor D'Icarahy, detidos na véspera da final da Copa, e Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, presos desde fevereiro acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes.


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