Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Eleições 2014

TSE veta anúncios de consultoria econômica

Empresa Empiricus veiculava na internet campanha que relaciona eleição de Dilma a queda na Bolsa de Valores

Decisão é provisória; companhia diz que faz trabalho independente e que não tem relação com rival Aécio Neves

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

A pedido da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou a consultoria econômica Empiricus Research a retirar do ar campanha publicitária relacionada às eleições de outubro.

Veiculada na internet por meio de anúncios no Google, a campanha orientava os clientes sobre em quais ações investir em caso de vitória de determinado candidato.

Dois anúncios se tornaram populares na web: "Como se proteger da Dilma, saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição de Dilma" e "E se Aécio Neves ganhar? Que ações devem subir se Aécio ganhar a eleição". A Empiricus é conhecida no mercado por seus textos polêmicos e por análises com humor.

Na sexta (25), a coligação de Dilma entrou com representação junto ao TSE acusando a Empiricus, o Google e a coligação do rival Aécio Neves (PSDB) de fazer propaganda eleitoral antecipada.

No domingo (27), o ministro Admar Gonzaga concedeu uma decisão liminar (provisória) obrigando a Empiricus a retirar a campanha do ar. A consultoria não informou se vai recorrer da decisão.

"Somos uma consultoria econômica independente. Temos o direito de fazer análises sobre o impacto das eleições na Bolsa de Valores", disse à Folha Rodolfo Amstalden, um dos sócios da Empiricus.

Na representação, a coligação de Dilma defende que "o conteúdo da campanha ultrapassa qualquer limite da liberdade de informação, chegando a incitar certo terrorismo no mercado financeiro".

Para a presidente do Instituto Paulista de Direito Eleitoral, Karina Kufa, a decisão do ministro do TSE foi adequada. "O problema está no exagero da publicidade. Exalta muito as qualidades de um candidato [Aécio] e os defeitos de outro [Dilma]", afirma.

Segundo Amstalden, não há qualquer relação entre a consultoria e Aécio. Ele reforça ainda que o mercado tem reagido às pesquisas eleitorais e que as ações estão subindo quando a oposição avança.

A consultoria afirma que também produziu anúncios sobre o que ocorreria com as ações se Dilma ou Eduardo Campos (PSB) ganhassem, mas que não fizeram sucesso junto aos internautas.

Na semana passada, o banco Santander protagonizou episódio similar ao enviar análise a seus clientes indicando que ações poderiam cair com a vitória de Dilma. O banco se desculpou e demitiu os autores dos informes.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página