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Eleições 2014

Cúpula do PT decide expulsar suspeito de elo com facção

Caso diretório ratifique a decisão da executiva paulista do partido, deputado estadual não poderá disputar reeleição

Luiz Moura, que nega ligação com o PCC, ainda poderá recorrer à Justiça para tentar concorrer em outubro

DE SÃO PAULO

Por unanimidade, a Executiva Estadual do PT de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (31) a expulsão do deputado estadual Luiz Moura (PT) do partido. O parlamentar é suspeito de ter ligações com a facção criminosa PCC.

A decisão da Executiva, no entanto, ainda precisa ser ratificada pelo Diretório Estadual do PT, que se reúne nesta sexta-feira (1º). Pelas regras eleitorais, se for expulso, Moura não poderá disputar a reeleição em outubro. Ele, no entanto, poderá recorrer da decisão partidária na Justiça.

Moura estava suspenso do PT e respondia a processo disciplinar desde junho, quando foi flagrado pela Polícia Civil em uma reunião com 18 suspeitos de integrarem o PCC. Ele nega envolvimento.

O relatório da Executiva do PT leva em consideração para a expulsão o suposto envolvimento com o PCC e o recurso que Moura apresentou à Justiça para anular a convenção que definiu os candidatos do PT neste ano.

Punido com a suspensão, Moura só conseguiu registrar a candidatura após decisão provisória da Justiça comum.

O presidente do PT-SP, Emídio de Souza, afirmou que, mesmo sem uma condenação, Moura já provocou danos à imagem do partido.

"A decisão do PT não precisa esperar fatos policiais ou a conclusão do inquérito. Nós somos um partido político, não um departamento de investigação. A conduta dele [trouxe um] dano à imagem do PT por conta das acusações e depois ainda concluído com a ação que ele fez contra o PT, desestabilizando toda a nossa coligação", disse.

Moura não compareceu ao encontro do PT, mas disse à Folha que "não vai baixar a cabeça" e que vai brigar na Justiça para disputar a reeleição, "doa a quem doer".

"É uma decisão arbitrária, totalitária e equivocada do PT, que sempre pregou pela democracia e não me deu direito de defesa. Eu não fui nem citado", disse Moura, que voltou a negar ligação com a facção. "Isso é coisa que a imprensa inventou. Nem investigado eu sou."

No início do mês, o Ministério Público entrou com representação no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo para investigar Moura.

Na quarta (30), o deputado chegou a enviar ao PT pedido de anulação do processo disciplinar, que foi rejeitado pelo comando da sigla.

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, negou nesta quinta (31) que Moura se tornará um problema em sua campanha e disse que o PSDB é quem terá sombras na eleição.

"Esse é um caso superado. O PT tomou uma decisão rápida, eficaz, diferente do PSDB, que tem muitas sombras como o Robson Marinho [conselheiro do Tribunal de Contas do Estado]", disse.

Marinho é investigado sob suspeita ter recebido propina da Alstom em contrato do governo paulista.


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