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TSE barra candidatura de Arruda para o governo do Distrito Federal

Cinco ministros enquadraram ex-governador na Lei da Ficha Limpa

SEVERINO MOTTA DE BRASÍLIA

Cinco dos sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votaram para barrar a candidatura do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) com base na Lei da Ficha Limpa.

O julgamento ainda não tinha sido concluído. Caso fosse encerrado nesta quarta (27), ele seria considerado inelegível pela Justiça Eleitoral.

Apesar dessa situação, como ainda existe a possibilidade de recursos no próprio TSE e no STF (Supremo Tribunal Federal), Arruda poderá seguir com sua campanha normalmente até que sua apelação seja analisada.

Condenado por improbidade administrativa por órgão colegiado de Justiça no mês passado, Arruda já havia sido considerado inelegível pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal.

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça (26) pela Rede Globo mostrava Arruda com 37% das intenções de votos para o governo do Distrito Federal.

Em conversa com um advogado de Brasília, à qual a Folha teve acesso, Arruda temia que o TSE barrasse sua candidatura.

"A situação que eu tenho hoje é que... Eu tenho uma chance no TSE menor", disse na conversa em que participaram, entre outras pessoas, o advogado Eri Varela, que há anos atua para o ex-governador Joaquim Roriz.

No áudio, Varela e Arruda falam sobre votos que podem ser favoráveis ao ex-governador no TSE. O advogado pergunta sobre os ministros Gilmar Mendes e João Otávio de Noronha. Ao responder, Arruda disse ter entrado em contato com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que os indicou para as cortes.

Questionado, Fernando Henrique Cardoso respondeu, em nota, que "Arruda falou comigo a respeito de seu recurso ao TSE. Queria que o julgamento ocorresse a tempo de, se favorável, concorrer ao governo de Brasília. Como sempre, sou muito cuidadoso nessas matérias. Apenas indaguei o ministro Gilmar se havia chance de isso ocorrer. Fui informado de que haveria um julgamento anterior que prejulgaria o caso. Nada mais pedi a ninguém".

Gilmar Mendes disse não se lembrar da conversa com FHC: "Posso ter falado sobre o tema, todos perguntam. Eu tenho dito a mesma coisa. A jurisprudência no TSE dizia que o que valia era o dia do registro da candidatura. Hoje, com a nova composição, não sei qual será o resultado".

João Otávio de Noronha disse que não foi procurado por FHC: "Estou indignado com esse tipo de coisa. Estão me vendendo nas costas aí. Se tem uma pessoa que vota claro e transparente no TSE, sou eu. Sabem como voto, o que penso. Não sou homem de surpresas".


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