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Após denúncia, Petrobras transfere assessor

Estatal mandou de Brasília para o Rio funcionário flagrado em vídeo conversando sobre repasse de perguntas da CPI

José Eduardo Barrocas era gerente da empresa na capital e agora virou assistente no gabinete de Graça Foster, na sede

DO RIO

A Petrobras confirmou, nesta quinta-feira (28), que tirou da gerência de seu escritório em Brasília o funcionário envolvido em denúncia de repasse prévio, à presidente da empresa e a ex-executivos da estatal, de perguntas da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga, no Congresso, os negócios da companhia.

José Eduardo Barrocas voltou ao Rio no último dia 18, e, na sede da companhia, assumiu o cargo de assistente do chefe de gabinete da presidente Graça Foster.

Barrocas é um dos três funcionários que aparecem em vídeo divulgado pelo site da revista "Veja" no início do mês conversando sobre repasse de perguntas da CPI à presidente da empresa e de um "gabarito".

De acordo com reportagem publicada pela revista, Graça, seu antecessor José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas elaboradas pelos senadores e foram treinados pela empresa para respondê-las.

A mudança na gerência foi noticiada na tarde desta quinta-feira (28) pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo".

O chefe de gabinete de Graça, Antonio Augusto Almeida Faria, que passou a ser chefe de Barrocas, vai acumular interinamente a gerência do escritório em Brasília.

CORRIQUEIRO

Na época em que "Veja" divulgou o caso, a Petrobras confirmou ter treinado executivos para os depoimentos à CPI, mas com respostas que já estavam na internet, segundo a empresa.

A Petrobras não respondeu por qual motivo resolveu tirar Barrocas de Brasília nem se se os funcionários Leonan Calderaro e Bruno Ferreira, advogados que conversam com Barrocas no vídeo divulgado pela "Veja", também deixaram o escritório.

A reportagem da revista afirmou que as perguntas foram elaboradas pelos servidores Paulo Argenta, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Marcos Rogério de Souza e Carlos Hetzel, que trabalham no bloco de apoio ao governo no Senado.

A Secretaria de Relações Institucionais negou, na época, ter elaborado as perguntas da comissão.

A divulgação da conversa gerou uma nova crise envolvendo a Petrobras.

Congressistas da oposição prometeram convocar os envolvidos nas denúncias para darem explicações. Aliados do governo minimizaram o episódio e classificaram os fatos citados de normais e corriqueiros em CPIs.


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