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Ex-diretor da Petrobras cita propina a ministro e Renan

Paulo Roberto Costa menciona ainda Eduardo Campos e o tesoureiro do PT

De acordo com a revista 'Veja', ex-executivo relaciona também Roseana Sarney e o ex-governador Cabral

DE SÃO PAULO

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), foram citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina em esquema na estatal, relata a revista "Veja".

A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema.

Os ex-governadores do Rio e de Pernambuco, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), também foram citados, assim como o ex-ministro das Cidades de Dilma Mário Negromonte (PP-BA).

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que aparece em outros episódios da investigação da Operação Lava Jato, é mencionado como o elo entre o esquema e o partido.

A revista também traz como beneficiários de propina os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI) e os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC).

Os nomes, segundo a revista, surgiram no acordo de delação premiada que Costa fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O ex-diretor decidiu fazer a delação para tentar deixar a prisão, onde está há quase três meses. Se as informações que prestar forem relevantes para esclarecer outros crimes, ele pode ser solto.

A Operação Lava Jato foi deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões.

Costa é apontado como o chefe de um esquema de desvio de verbas da Petrobras no período em que foi diretor da estatal, de 2004 a 2012, nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, ambos do PT. O doleiro cuidaria da lavagem do dinheiro para que o recurso chegasse aos políticos.

A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, sobre a qual o Tribunal de Contas da União já apontou uma série de indícios de superfaturamento, também envolveu o pagamento de suborno, segundo o relato de Costa.

O ex-diretor da estatal já havia citado o nome do ex-governador Eduardo Campos, mas como sua testemunha de defesa. O ato foi interpretado como envio de um recado para os políticos de que outros nomes poderiam ser revelados por Costa.

APOIO

O advogado do ex-diretor à época, Nelio Machado, escreveu numa petição que poderia solicitar a convocação do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.

Lula é apontado como uma espécie de protetor de Costa na Petrobras. Ele foi indicado ao cargo pelo PP, ganhou o apoio do PT e do PMDB, mas sentia-se abandonado pelos parlamentares após ter sido preso pela Polícia Federal.

Como diretor de distribuição da Petrobras, Costa foi responsável pela obra mais cara da estatal, a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo preço final deve passar de R$ 40 bilhões.

O depoimento com os nomes dos políticos terá de ser analisado pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), porque eles têm foro privilegiado.


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