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Outro lado
Presidente do Senado nega acusações; petista diz que citação é 'mentirosa'
DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO DO RIOAlguns políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras negaram as acusações --e parte não se manifestou.
O tesoureiro e secretário nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto, informou, em nota, que nunca tratou de assunto relativo ao partido com Paulo Roberto Costa.
"É absolutamente mentirosa a declaração de que tenha havido qualquer tratativa, seja pessoal, por e-mail ou mesmo telefônica, com o referido senhor a respeito de doações financeiras ou qualquer outro assunto", diz.
Vaccari Neto afirma que nunca esteve na sede da Petrobras e que não visita estatais, pois são proibidas por lei de fazer doações eleitorais.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse que nunca pediu nem recebeu quaisquer recursos de Costa e afirmou que "as insinuações" publicadas "de forma genérica e sem apresentar evidências [...] não podem ser tomadas como denúncia formal nem fundamentada".
"Foram feitas em um processo de delação premiada, sem apresentação de provas. E delação premiada exige provas", acrescentou, em nota.
Em nota, Renan Calheiros "nega e repudia as especulações" e afirma que as relações com diretores da estatal "nunca passaram os limites institucionais". Ele diz ainda que a delação agrava a pena "daquele que tentou manipular os rumos da apuração".
A assessoria do ministro Edison Lobão não respondeu --para a revista "Veja", ele afirma que sua relação com Costa era institucional e nega ter recebido dinheiro.
A Folha procurou assessores de João Pizzolatti, mas não teve retorno. Mário Negromonte não foi localizado.
Em nota, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, repudiou "de forma veemente e com grande indignação" as citações. "Nunca participei de nenhum esquema de corrupção. Tomarei as medidas jurídicas cabíveis", disse.
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral repudiou a inclusão "em qualquer dos fatos supostamente relatados" e disse que "jamais indicou ou interferiu nas nomeações do governo federal" ou em "decisões gerenciais da Petrobras".
A assessoria do senador Romero Jucá disse que ele repudia "insinuações" e nega que tenha recebido recursos.
O deputado Cândido Vaccarezza afirmou, em nota, que nega "qualquer tipo de negociação" com Costa.
A assessoria de imprensa do senador Ciro Nogueira disse que ele estava incomunicável, no interior do Piauí, em atos de campanha.