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Casa avaliada em R$ 4,5 mi é alugada para seguranças de Temer em SP

No total, 52 pessoas trabalham no imóvel, que tem custo mensal de R$ 55 mil para o governo

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República alugou uma casa avaliada em R$ 4,5 milhões em São Paulo para abrigar a equipe que escolta o vice-presidente, Michel Temer, e sua mulher, Marcela, quando eles estão na cidade.

O imóvel foi locado por R$ 19,5 mil mensais, durante um ano, por meio de dispensa de licitação. O contrato tem duração até o mês de junho.

O custo mensal da casa é de R$ 55 mil, segundo o GSI informou à Folha. As maiores despesas são com manutenção, incluindo limpeza, combustível, gás, entre outros. No total, 52 pessoas trabalham no local.

A casa fica no bairro de Alto de Pinheiros (zona oeste), área nobre da cidade, tem 780 metros quadrados e vagas para dez carros na garagem.

As suítes têm banheira, ar condicionado e piso em granito. Também possui área de lazer com piscina e jardim.

Antes de ser alugada, a casa foi colocada à venda em duas imobiliárias pelo valor de R$ 4,5 milhões.

O imóvel é vizinho à casa do vice-presidente na capital paulista. Temer passa a semana no Palácio do Jaburu, residência oficial em Brasília, mas viaja com muita frequência para São Paulo aos finais de semana.

Além disso, sua mulher, Marcela Temer, costuma ficar na cidade quando ele viaja em missões oficiais.

Em nota, o GSI afirmou que "a proximidade da residência do vice-presidente influiu positivamente, dentre outros fatores, na escolha do local".

No mês de julho, Temer sofreu uma tentativa de assalto em São Paulo, mas o homem que abordou seu carro fugiu, largando no chão uma arma de brinquedo.

LULA

O novo escritório de inteligência da Presidência em Pinheiros substitui a base que funcionava em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, desativado após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar o cargo.

O antigo escritório no ABC funcionava em uma casa de porte médio próxima à residência do Lula.

Os seguranças ainda mantinham um apartamento em andar vizinho ao do ex-presidente. Não há detalhamento sobre a maior parte desses gastos feitos na gestão de Lula porque informações sobre segurança presidencial eram tratadas de forma secreta pelo governo.

Em 2008, por exemplo, quando estourou o escândalo dos cartões corporativos, foi revelado que a maioria dos gastos de seguranças era feita com cartões -gasolina, equipamentos, manutenção, etc. À época, esse tipo de gasto era em média no valor de R$ 50 mil por ano.

Lula ainda tem direito a segurança oficial, mas o efetivo foi reduzido. A legislação prevê que ex-presidentes têm direito a dois carros com motorista e quatro seguranças após o término do mandato.

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